Santander Brasil (SANB11) ganha destaque entre grandes bancos e ação dispara na B3

Analistas do UBS BB destacou o aumento da expectativa de rentabilidade de longo prazo e as revisões positivas nas projeções de lucro.

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Publicado em 11/06/2025 às 18:34h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 11/06/2025 às 18:34h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
Além disso, o banco suíço revisou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 38 (Imagem: Shutterstock)
Além disso, o banco suíço revisou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 38 (Imagem: Shutterstock)

🚨 As ações do Santander Brasil (SANB11) subiram 4,65% nesta quarta-feira (11), negociadas a R$ 30,17, após o UBS BB elevar a recomendação para os papéis de neutra para compra.

Além disso, o banco suíço revisou o preço-alvo de R$ 30 para R$ 38, enxergando um momento estratégico para entrada no ativo.

A equipe de análise formada por Thiago Batista, Ignacio Cerezo e Olavo Arthuzo destacou o aumento da expectativa de rentabilidade de longo prazo, revisões positivas nas projeções de lucro e uma leve redução no custo de capital próprio como justificativas para a mudança.

Valuation atrativo e retorno acima do custo de capital

Atualmente, o Santander Brasil está sendo negociado a 1,1 vez o preço/valor patrimonial (P/VP) projetado para 2025 e 6,7 vezes o preço/lucro (P/L) estimado para o mesmo período — múltiplos considerados mais baratos que a média dos pares brasileiros.

Mesmo com desempenho superior ao Ibovespa no acumulado de 2025, os analistas apontam que a ação ficou para trás em relação a concorrentes como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4).

Ainda assim, veem um potencial robusto de valorização, principalmente com o banco ampliando eficiência e retomando o crescimento em segmentos estratégicos como cartões e depósitos.

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Retorno sobre patrimônio pode se aproximar de 20%

O UBS BB projeta que o Santander Brasil pode atingir um ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) de 17,1% em 2025, 18,1% em 2026 e 18,9% em 2027, impulsionado pela melhora na receita e eficiência operacional.

O banco encerrou 2024 com índice de eficiência (custo/receita) de 51%, melhor que o Bradesco (cerca de 56%), mas ainda distante do Itaú (43%).

A projeção do UBS BB é que esse índice melhore progressivamente até 44% em 2028, o que pode elevar substancialmente a rentabilidade.

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Operação brasileira segue relevante para o grupo global

Apesar de ter apresentado um retorno sobre patrimônio tangível inferior ao da matriz espanhola no 1T25 — algo raro nos últimos dez anos — a operação brasileira segue como a segunda mais importante do Grupo Santander, atrás apenas da Espanha.

Com a expectativa de recuperação da rentabilidade no Brasil, o UBS BB reforça que o banco tem espaço para avançar no mercado doméstico.

📊 A combinação de múltiplos descontados, ganhos operacionais e crescimento de receita coloca a ação em posição atrativa para investidores de médio e longo prazo.

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