Rival da B3: Prefeitura apresenta projeto para criar Bolsa de Valores do Rio

Projeto de lei propõe a redução da alíquota de imposto paga por bolsas de valores no Rio de Janeiro.

Publicado em 06/06/2024 às 17:02h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 06/06/2024 às 17:02h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa

O prefeito Eduardo Paes criou uma foto com inteligência artificial ilustrando a volta da Bolsa do Rio (Reprodução/Twitter)

A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou um projeto de lei nesta quinta-feira (6) para facilitar a criação de uma bolsa de valores na cidade. Com isso, avança com as negociações para a criação da "concorrente da B3".

💲 O projeto de lei foi enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) à Câmara Municipal do Rio de Janeiro propondo uma redução de impostos para a bolsas de valores na cidade. Segundo Paes, o projeto "cria as condições para que tenhamos mais uma bolsa de valores no Brasil, o que é sempre uma saudável competição para quem defende o livre mercado".

O texto prevê a redução da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% para bolsas de valores e atividades correlatas, como as câmaras de compensação e liquidação. Contudo, diz que "não há o que se falar em renúncia fiscal", já que atualmente o Rio de Janeiro não conta com uma bolsa.

O projeto argumenta, então, que ter uma bolsa de valores pode aumentar a arrecadação de impostos, atrair investimentos e criar empregos no Rio de Janeiro. A cidade era sede da antiga BVRJ (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), que teve suas atividades encerradas em 2022, quando foi incorporada pela B3 (B3SA3).

Negociações avançadas

🗣️ O secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico da cidade do Rio de Janeiro, Chicão Bulhões, já havia dito na quarta-feira (5) que existe uma "negociação muito avançada para ter mais uma bolsa de valores no Brasil".

Segundo ele, essa bolsa deve abarcar todos os tipos de ativos imobiliários e, por isso, será uma concorrente para a B3. "Ter essa bolsa no Rio. que possa trazer competitividade para o mercado de capitais, é bom para o país", afirmou.

O fundo árabe Mubadala já revelou a intenção de abrir uma bolsa de valores no Rio de Janeiro até o segundo semestre de 2025. Escolhido para comandar o empreendimento, o executivo Claudio Pracownik disse em março que o objetivo não é rivalizar com a B3, mas expandir o mercado brasileiro. A ATG (Americas Trading Group) também tenta abrir uma bolsa no Brasil.