Renda fixa voltou a pagar 15% ao ano no Tesouro Direto em março? Veja taxas
Títulos públicos intensificam pagamento de juros compostos por dinheiro emprestado do governo brasileiro, inclusive indexados à inflação perto de IPCA+ 8% ao ano.

💰 A elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano aconteceu no último dia 19 de março, mas as consequências no mercado de renda fixa continuam a repercutir nesta segunda-feira (24), à medida que os preços e taxas negociados no Tesouro Direto tentam refletir até onde irá o ciclo de aumento de juros.
Por ora, a narrativa que tem dominado é o maior pagamento de juros compostos do governo brasileiro aos investidores pelo dinheiro emprestado, tanto que as taxas de rentabilidade dos prefixados voltaram a se aproximar da remuneração de 15% ao ano, enquanto os indexados à inflação são negociados perto de IPCA+ 8% ao ano.
Todavia, esse maior incremento de rentabilidade que acompanha a desvalorização dos títulos públicos na marcação a mercado tem se concentrado apenas nos vencimentos mais curtos do Tesouro Direto.
📊 Prova disso é que o Tesouro Prefixado 2032 viu a sua taxa de remuneração disparar de 14,44% ao ano no dia em que o Banco Central mexeu na Selic para os atuais 14,84% ao ano. Consequentemente, o seu preço unitário cedeu de R$ 402,56 para R$ 393,84, respectivamente. Ou seja, uma desvalorização de −2,2%.
Já o Tesouro IPCA+ 2029 viu o seu juro real saltar de IPCA+ 7,61% ao ano no último dia 19 de março para os atuais IPCA+ 7,82% ao ano, enquanto o seu preço unitário caiu de R$ 3.301,92 para R$ 3.281,51 — marcação negativa de −0,6%.
Para o analista Guilherme Vianna, da Genial Investimentos, uma opção para o investidor evitar a volatilidade das taxas e preços e sem abrir dos gordos juros compostos pagos pela renda fixa brasileira neste momento é concentrar esforços nos títulos pós-fixados, caso do Tesouro Selic.
"O Tesouro Selic 2031 oferece um prazo intermediário, ideal para investidores que buscam flexibilidade sem abrir mão de retornos consistentes. O título se beneficia diretamente de períodos de juros altos, como o atual, em que a taxa Selic permanece em patamares elevados devido à necessidade de controle inflacionário. A expectativa é de que o CDI e a Selic fiquem próximos de 15% ao ano até o final de 2025, o que torna esse ativo uma excelente opção para momentos de maior incerteza no mercado", afirma o analista, em relatório enviado a clientes.
🔎 Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 24 de março de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 6,86 (Rentabilidade: 14,57% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 3,93 (Rentabilidade: 14,84% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 7,87 (Rentabilidade: 14,90% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 162,32 (Rentabilidade: Selic + 0,0572% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 161,52 (Rentabilidade: Selic + 0,1116% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 32,84 (Rentabilidade: IPCA + 7,80% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,05 (Rentabilidade: IPCA + 7,37% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 7,69 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,95 (Rentabilidade: IPCA + 7,59% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 39,23 (Rentabilidade: IPCA + 7,46% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 37,61 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 16,92 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,05 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 8,58 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,24% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,33 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,12 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,49 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 35,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,93% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 32,39 (Rentabilidade: IPCA + 7,82% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 30,39 (Rentabilidade: IPCA + 7,77% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 28,29 (Rentabilidade: IPCA + 7,72% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 26,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 24,56 (Rentabilidade: IPCA + 7,63% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 22,92 (Rentabilidade: IPCA + 7,58% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 21,44 (Rentabilidade: IPCA + 7,52% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 20,01 (Rentabilidade: IPCA + 7,49% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 18,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 17,48 (Rentabilidade: IPCA + 7,42% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 16,32 (Rentabilidade: IPCA + 7,40% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 15,22 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 14,20 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 13,23 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 12,35 (Rentabilidade: IPCA + 7,37% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 11,50 (Rentabilidade: IPCA + 7,37% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 10,76 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)

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