Renda fixa salvará crediário da Casas Bahia (BHIA3)? Entenda o FIDC
Varejista busca em 2025 captar R$ 500 milhões via fundo de investimentos com interessados em seus direitos creditórios

🛍️ O Grupo Casas Bahia (BHIA3) trouxe atualizações nesta quinta-feira (13) sobre o seu plano de utilizar um tipo de renda fixa para otimizar a operação de crediário da varejista, no caso o FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios).
Conforme as informações divulgadas ao mercado, o FIDC que busca apoiar o crediário da Casas Bahia já conseguiu levantar R$ 300 milhões em dinheiro emprestado por investidores, sendo que o plano da companhia é atingir R$ 500 milhões ainda nos próximos meses.
Após essa primeira etapa, o FIDC denominado “Classe Única de Responsabilidade Limitada do Grupo Casas Bahia Fundo de Investimento em Direitos Creditórios” poderá contar com aportes adicionais.
A gestão do FIDC é realizada pela Polígono Capital (que foi responsável também por sua estruturação), já a administração é feita pelo BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM e a custódia pelo BTG Pactual (BPAC11).
"Este FIDC já está ativo desde dezembro de 2024 com baixos volumes na carteira para testes operacionais. A iniciativa é uma alavanca fundamental do Plano de Transformação e sua materialização fortalece nossa vantagem competitiva no segmento de varejo e crédito, além de ampliar e diversificar o “funding” da operação de crediário", explica Elcio Mitsuhiro, vice-presidente e diretor de relações com investidores da BHIA3.
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O que são FIDCs?
Também conhecidos como Fundos de Recebíveis, os FIDCs destinam-se exclusivamente a investidores qualificados (aqueles que são certificados ou possuem patrimônio em bolsa de valores superior a R$ 1 milhão) e pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto (com resgate de cotas) ou fechado (sem resgate de cotas).
Na prática, essa modalidade de renda fixa atua como um fundo de investimentos que faz aplicações em títulos de crédito criados a partir de contas a receber de uma determinada empresa.
💸 O FIDC funciona com um condomínio de investidores, que unem seus recursos em um investimento comum, tendo como principal regra a aplicação mínima de 50% dos recursos em Direitos Creditórios que podem ser provenientes de operações comerciais, industriais, imobiliárias, financeiras, prestação de serviços etc.
O remanescente do patrimônio líquido do FIDC pode ser aplicado em títulos de emissão do Tesouro Nacional, títulos de emissão do Banco Central do Brasil, créditos securitizados pelo Tesouro Nacional, títulos de emissão de estados e municípios, certificados e recibos de depósitos bancários e demais títulos, valores mobiliários e ativos financeiros de renda fixa (exceto cotas de Fundos de Desenvolvimento Social).
É permitido ao fundo ainda realizar operações compromissadas e operações em mercados derivativos, desde que usados para proteger posição à vista.

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