Putin descarta vinda ao Brasil para G20 para não 'atrapalhar o trabalho do fórum'

Presidente russo deve enviar representante para evento no próximo mês

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Publicado em 18/10/2024 às 13:57h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 18/10/2024 às 13:57h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Putin é o atual presidente da Rússia (Imagem: Shutterstuck)
Putin é o atual presidente da Rússia (Imagem: Shutterstuck)

❌ Um dos líderes esperados para a Cúpula do G20 no Brasil era o presidente russo Vladmir Putin. No entanto, nesta sexta-feira (18), ele afastou as possibilidades de desembarcar no país no próximo mês de novembro.

Em coletiva de imprensa, Putin disse que tem relação com Lula, mas afastou a possibilidade de vir ao Brasil. “Tenho relações amistosas maravilhosas com o presidente Lula, mas por que eu iria lá de propósito para atrapalhar o trabalho normal desse fórum”, indagou ele.

A fala de Putin vem depois que a Ucrânia pediu ao Brasil que detenha o russo caso se viaje ao país para a Cúpula, marcada para os dias 18 e 19 de novembro. É importante destacar que Putin tem uma ordem de prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional, conhecido como Tribunal de Haia, desde o ano passado por crime de guerra.

Putin também comentou sobre o pedido de prisão emitido pela Ucrânia, descartando ser esse o motivo de enviar um representante russo em seu lugar. “Decisões desse tipo são muito fáceis de contornar, basta assinar um acordo intergovernamental e pronto. A jurisdição do TPI será limitada”, pontuou ele.

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Quase três anos

⚔ No próximo mês de fevereiro completa-se três anos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia e deu início a uma guerra sem precedentes. Apesar do tempo, não há no horizonte uma perspectiva de acordo de paz entre as duas nações do norte global.

Também nesta sexta, a CNN Brasil destacou que Putin considera “equilibrada” a proposta de acordo feita por Brasil e China para um cessar-fogo entre os países. O documento prevê três principais pontos: não expansão do campo de batalha; não escalada dos combates; e a não inflamação da situação.

“Eu considero que, em geral, são propostas equilibradas, voltadas para a busca de uma solução pacífica”, destacou o líder russo. “Se isso é bom ou não, é outra questão, mas é um testemunho de que Brasil e China estão agindo por si, não nas mãos de alguém, incluindo as mãos da Rússia”, ponderou.