Putin aponta possível envolvimento da Ucrânia em ataque terrorista em Moscou

O presidente da Rússia assumiu que as mortes foram causadas por extremistas islâmicos, mas insistiu em apontar um envolvimento com a Ucrânia.

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Publicado em 25/03/2024 às 23:47h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 25/03/2024 às 23:47h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Shutterstock
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💣 O presidente russo, Vladimir Putin, fez declarações, nesta segunda-feira (25), sobre o ataque à sala de concertos nos subúrbios de Moscou, que resultou na morte de 139 pessoas na última semana.

Ele os identificou como "islâmicos radicais" durante uma reunião com funcionários do governo, destacando que as mortes foram causadas pelos extremistas, mas insistiu na acusação de que a Ucrânia poderia ter desempenhado um papel, mesmo depois de Kiev ter negado, de acordo com a Associated Press.

Veja também: Estado Islâmico assume autoria de atentado em Moscou, na Rússia

Apesar do grupo afiliado ao Estado Islâmico no Afeganistão ter reivindicado a responsabilidade pelo ataque dois dias depois, Putin enfatizou que os investigadores ainda não determinaram quem ordenou o ataque. O presidente russo levantou a questão sobre a fuga dos terroristas para a Ucrânia e quem poderia estar esperando por eles lá.

Putin observou durante a reunião que, embora haja indicações claras de ligação ao Estado Islâmico, ele continua a considerar a possibilidade de envolvimento ucraniano. Isso gerou controvérsia, com a Ucrânia acusando Putin de tentar desviar a atenção para seus esforços de guerra.

Ao falar sobre as tentativas dos EUA de convencer outros países de que o ataque foi obra do Estado Islâmico sem conexões com Kiev, Putin destacou que há muitas questões não respondidas e que aqueles que apoiam o regime de Kiev precisam enfrentar essas questões sobre o ato terrorista em Moscou.

‘’Estamos vendo que os Estado Unidos, através de vários canais, estão tentando convencer os seus satélites e outros países do mundo de que, de acordo com a sua inteligência, não há alegadamente qualquer vestígio de Kiev no ataque terrorista de Moscou, que o sangrento ato terrorista foi cometido por seguidores do Islã, membros do grupo Estado Islâmico. Aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror e patrocinadores do terrorismo, mas muitas questões permanecem", disse o presidente da Rússia.