Preços do petróleo disparam 7% após ataques israelenses contra o Irã

📈 Nesta sexta-feira (12), os preços do petróleo registraram uma disparada superior a 7%, sendo negociados próximos às maiores cotações em meses, em resposta aos ataques israelenses contra instalações nucleares e militares iranianas.

O Brent, referência global, apresentava alta de 7,4% às 05h43, chegando a US$ 74,46 por barril, com máxima intradiária de US$ 78,50 — o maior valor desde 27 de janeiro. O petróleo bruto WTI (West Texas Intermediate), dos EUA, avançava 7,5%, cotado a US$ 73,15, após atingir a máxima de US$ 77,62, a mais alta desde 21 de janeiro, segundo a "Reuters".

O que se sabe sobre o ataque de Israel contra o Irã

Nesta sexta-feira (13), Israel realizou um ataque no Irã por meio das suas Forças de Defesa, atingindo instalações nucleares iranianas. Teerã, capital do Irã, prometeu responder à ofensiva. O bombardeio matou Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, líder das Forças Armadas iranianas. Também foram mortos dois cientistas nucleares. Posteriormente, Israel declarou que o Irã lançou mais de 100 drones contra seu território.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, pediu em carta enviada à ONU (Organização das Nações Unidas) que "trate imediatamente dessa questão". Além disso, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência, "Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse.

🚨 Após o ataque de Israel contra instalações nucleares iranianas, o governo do Irã afirmou que tanto Israel quanto os Estados Unidos “pagarão caro” pela ação. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, declarou que Israel terá “um destino amargo”."A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá", afirmou.

Já o general Abolfazl Shekarchi, porta-voz das Forças Armadas iranianas, acusou os Estados Unidos, em pronunciamento na TV estatal, de darem apoio ao ataque. Segundo ele, israelenses e americanos pagarão um preço alto pelos bombardeios. Os Estados Unidos negaram ter participação direta na ação. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”.

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Ainda na quarta-feira (11), os EUA começaram a evacuar suas embaixadas localizadas no Oriente Médio, temendo que os confrontos entre os dois países causassem distúrbios regionais. Em abril, conforme noticiado pelo "The New York Times," o presidente Donald Trump foi contrário a planos israelenses de atacar instalações nucleares do Irã. À época, Trump argumentou que uma ofensiva militar atrapalharia as tratativas em torno de um acordo nuclear entre os dois países.

Apesar das expectativas anteriores, o presidente tem se mostrado pessimista nos últimos dias em relação ao acordo. Ao "New York Post", declarou estar “muito menos confiante” na possibilidade de um tratado ser firmado. Já nesta sexta, após os ataques, Trump pressionou o Irã por um acordo sobre o programa nuclear de Teerã e fez ameaças ao governo iraniano.

⚠️ "Dei ao Irã chance após chance para fazer um acordo. Disse a eles, nas palavras mais firmes possíveis, para “apenas fazerem isso”, mas por mais que tentassem, por mais perto que chegassem, simplesmente não conseguiam concluir. Eu avisei que seria muito pior do que qualquer coisa que conhecessem, esperassem ou tivessem sido informados, que os Estados Unidos fabricam os melhores e mais letais equipamentos militares do mundo", disse na rede social Truth Social.

Ele ainda continuou: "O Irã precisa fazer um acordo, antes que não sobre nada, e salvar o que um dia foi conhecido como o Império Persa. Chega de mortes, chega de destruição, apenas façam isso, antes que seja tarde demais. Que Deus abençoe a todos!".