Por suspeita de fraude milionária, donos da Camisaria Colombo são presos em SP

Publicado em 21/08/2025 às 11:55h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 21/08/2025 às 11:55h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana

Camisaria Colombo já chegou a ter mais de 400 lojas no Brasil (Imagem: Reprodução)

Na manhã desta quinta-feira (21), os endereços dos irmãos Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur Maluf, donos da Camisaria Colombo, foram alvos de busca e apreensão pela Polícia Civil de SP. Eles são investigados no âmbito da Operação que apura fraude milionária e ocultação de patrimônio.

Segundo a Polícia, eles seriam parte de um grupo criminoso de sete pessoas que explora vulnerabilidades dos sistemas públicos para criar créditos inexistentes. Desta forma, conseguiram movimentar mais de R$ 21 milhões para uma conta ao longo de vários meses.

No intervalo de 20 dias, entre 1 e 21 de outubro do ano passado, foram desviados R$ 9 milhões. O expediente ainda consistia em disfarçar o envio de forma pulverizada para vários cadastros.

Dos investigados, quatro deles tiveram mandado de prisão temporária emitido pela Justiça. Álvaro Júnior, da Colombo, e Bruno Gomes de Souza, representante da BS Capital, foram detidos durante a operação que aconteceu nas cidades de São Paulo, Avaré, Birigui e Brasília/DF.

A imprensa procurou tanto a defesa dos detidos quanto a Colombo, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A Camisaria Colombo é uma das marcas de moda masculina mais conhecidas de SP, fundada em 1917 por Aziz Jabur Maluf. Nos últimos anos, a companhia chegou a passar por um processo de Recuperação Judicial com o objetivo de se proteger de dívidas que superiores a R$ 2 bilhões.

Em sua longa trajetória, a companhia chegou a ter mais de 400 lojas espalhadas pelo país, mas hoje se mantém com quase metade disso. Entre 2011 e 2019, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, compôs o quadro societário da marca, por meio de seu fundo de investimentos Gávea, mas logo a empresa voltou a ser familiar.

Segunda vez

É a segunda vez nesta semana que o fundador de uma empresa de grande porte paulista é autuado pela Polícia. Na segunda, foi a vez de Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, ser levado ao carcere.

O empresário é acusado de participar de uma fraude que imputou creditos fiscais no sistema do governo de SP. Além dele, um auditor fiscal que comandava o esquema também foi preso.

Oliveira já foi solto e, inclusive, já voltou a fazer campanhas públicitárias para a sua rede de farmácias. Em vídeos que circulam pela internet, ele oferece o “maior desconto da história em medicamentos genéricos” aos seus consumidores.