Petróleo tipo Brent dispara 5% com novo conflito entre EUA e Rússia

Enquanto as duas potências bélicas aumentam sanções econômicas, petroleiras pelo mundo se valorizam.

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Publicado em 22/10/2025 às 19:19h - Atualizado Agora Publicado em 22/10/2025 às 19:19h Atualizado Agora por Lucas Simões
Empresas petrolíferas na Europa saem na dianteira, com rali da commodity (Imagem: Shutterstock)
Empresas petrolíferas na Europa saem na dianteira, com rali da commodity (Imagem: Shutterstock)
A principal referência para a nossa Petrobras (PETR4) aqui no Brasil, o petróleo tipo Brent, viu seus preços dispararem +5,10% nesta quarta-feira (22), após o fechamento do mercado à vista da Bolsa de Valores de Londres, com seus contratos futuros valendo US$ 64,45 por barril.
O rali altista da commodity no curto prazo tem como pano de fundo uma nova rodada de sanções econômicas dos Estados Unidos contra seu rival geopolítico, a Rússia, um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo. 
No caso, o governo Trump multou duas das maiores petrolíferas russas, a Rosneft e a Lukoil OAO, conforme comunicado divulgado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), que é vinculado ao Departamento do Tesouro dos EUA, órgão equivalente ao nosso Ministério da Fazenda. 
O motivo alegado pelos americanos para as novas sanções teria relação direta com a falta de comprometimento sério da Rússia com um processo de paz para encerrar a guerra na Ucrânia. Estão bloqueados todos os bens e interesses em propriedades das empresas russas Rosneft e Lukoil que estão nos EUA ou controlados por pessoas americanas.
Dessa maneira, a administração Donald Trump consegue pressionar ainda mais o Kremlin de Vladimir Putin, atacando a espinha dorsal de sua economia, o petróleo, assim como os governos europeus o fazem desde o início do conflito armado no velho continente há três anos. 
Por outro lado, as petroleiras ao redor do mundo já reagiam aos mais recentes eventos no tabuleiro geopolítico, com destaque para os maiores avanços de empresas europeias. A distribuidora de combustíveis britânica Shell (SHEL) decolou +2,57%, seguida bem de perto da transportadora de petróleo cru e derivados dinamarquesa Torm (TRMD), que avançou +2,20%. 
As gigantes americanas do ramo também pegaram carona na valorização do petróleo, com Exxon Mobil (XOM) e Chevron (CVX) subindo +1,77% e +1,15%, respectivamente. Já a canadense Enbridge (ENB), que opera gasodutos na América do Norte, se apreciava +0,93%.

TRMD

TORM
Cotação

R$ 20,44

Variação (12M)

-22,40 % Logo TORM

Margem Líquida

24,94 %

DY

12,56 %

P/L

6,15

P/VP

0.96