Petrobras (PETR4) tem prejuízo de R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre
Resultado foi afetado pela alta do dólar e pelo acordo tributário firmado com a União.

A Petrobras (PETR4) sofreu um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024. Com isso, reverteu o lucro de R$ 28,8 bilhões registrado no mesmo período de 2023 e surpreendeu negativamente o mercado.
💲 De acordo com a estatal, o resultado foi afetado pela alta do dólar, o acordo de transação tributária de R$ 19,80 bilhões firmado em junho com a União e o acordo trabalhista de 2023. A companhia calcula que o lucro líquido teria chegado a R$ 28 bilhões sem esses efeitos.
"O resultado líquido do trimestre deve ser analisado à luz de eventos que impactaram o resultado contábil, mas sem impacto relevante no caixa da empresa", afirmou o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo.
Leia também: Petrobras (PETR4) reduz projeção de investimentos para 2024
Em balanço publicado nesta quinta-feira (8), ele disse ainda que o acordo de transação tributária foi uma "decisão julgada positiva pelo mercado por ter encerrado disputas bilionárias que traziam grande incerteza para o caixa da companhia".
O diretor também afirmou que, apesar do prejuízo, "a Petrobras manteve uma forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, que permitiu realizar US$ 3 bilhões em investimentos, cumprir nossa política de remuneração aos acionistas e pagar dividendos".
A companhia anunciou nesta quinta-feira (8) a distribuição de R$ 13,57 bilhões em dividendos e JCP (Juros Sobre o Capital Próprio). Contudo, teve que tirar R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital para arcar com esse pagamento devido aos resultados do segundo trimestre.
Resultado do 2º trimestre
⛽ A Petrobras obteve uma receita líquida de vendas de R$ 122,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, 7,4% maior que no mesmo período de 2023.
A cifra foi puxada pelas receitas de exportação de petróleo, que saltaram 54,8% com a alta do preço do petróleo tipo Brent em reais. No mercado interno, no entanto, a companhia registrou uma redução de 1,5% das receitas com derivados de petróleo.
Veja o desempenho por combustível:
- Gasolina: -14,4%;
- Diesel: 3,7%;
- Gás liquefeito de petróleo: -12,3%;
- Querosene: 9,5%;
- Nafta: 18,2%;
- Óleo combustível: -6,3%;
- Gás natural: -16,4%.
O custo dos produtos vendidos também subiu (7%) por causa da alta dos preços internacionais de petróleo, além da maior participação do petróleo importado na carga processada nas refinarias e do derivado importado no mix das vendas.
Além disso, a companhia teve maiores despesas tributárias e despesas gerais e administrativas, por causa do acordo de transação tributária e do acordo trabalhista, respectivamente.
Por isso, o Ebitda ajustado caiu 12,3% na comparação anual, para R$ 50 bilhões. A estatal diz que o Ebitda ajustado teria sido de R$ 62,3 bilhões não fossem esses efeitos.
Por outro lado, a Petrobras disse ter atingido o menor nível de dívida financeira desde o terceiro trimestre de 2008: US$ 26,3 bilhões. A estatal ainda destacou a "forte geração de caixa" de R$ 47,2 bilhões no trimestre.
A companhia, no entanto, também anunciou nesta quinta-feira (8) a redução da sua projeção de investimentos para 2024, de US$ 18,5 bilhões para algo em torno de US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões.

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