Petrobras (PETR4) não descarta dividendos extraordinários em 2024

Segundo o CFO, pagamento depende da geração de caixa e da capacidade de financiamento dos próximos projetos de investimento.

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Publicado em 09/08/2024 às 15:36h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 09/08/2024 às 15:36h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Petrobras pagará R$ 13,57 bilhões referentes ao 2º trimestre (Shutterstock)
Petrobras pagará R$ 13,57 bilhões referentes ao 2º trimestre (Shutterstock)

Apesar do prejuízo do segundo trimestre, a Petrobras (PETR4) não descartou a possibilidade de pagar dividendos extraordinários ainda em 2024. 

🗣️O CFO da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse nesta sexta-feira (9) que "havendo a possibilidade de distribuição, vai distribuir".

Ele explicou que a distribuição extraordinária de dividendos depende da capacidade da empresa de gerar caixa e financiar os seus projetos de investimento. Segundo o CFO, caso haja caixa em excesso depois desse balanço, a ideia é distribuir esses recursos aos acionistas.

"Entendo que ter um caixa superior ao necessário traz ineficiência. Então, todo caixa que entendermos que não é necessário para a companhia, vai ser distribuído via dividendos extraordinários", afirmou.

💲 Melgarejo disse ainda que a empresa terá uma visão mais clara sobre a possibilidade de pagar dividendos extraordinários quando concluir o seu próximo planejamento estratégico, que valerá para o período de 2025 a 2029 e deve ser aprovado no final do ano.

"A avaliação vai se dar quanto estiver mais clara a necessidade de financiabilidade dos projetos 2025-2029. Não está descartada a possibilidade de fazer o pagamento de dividendo extraordinário ainda neste ano. Quanto antes tiver uma visão mais clara da geração de caixa futura e dos gastos, vai fazer essa análise e propor, se for o caso, a distribuição", garantiu.

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Dividendos do 2º tri

A Petrobras teve um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, o primeiro resultado negativo desde 2020. Ainda assim, anunciou na quinta-feira (8) a distribuição de R$ 13,57 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre o Capital Próprio). 

Para garantir o provento com o resultado negativo, a Petrobras precisou usar parte dos recursos da sua reserva de remuneração do capital. A reserva foi criada em 2023 e recebeu os dividendos extraordinários que foram retidos pela companhia no início deste ano.

Melgarejo garantiu que o uso da reserva não afeta a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários. Segundo ele, a decisão depende mais da geração de caixa futura. Além disso, a companhia ainda conta com R$ 15,5 bilhões na reserva.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, acrescentou que a companhia segue comprometida em gerar retorno aos seus acionistas e deve voltar a ter lucro nos próximos trimestres. Ela explicou que o resultado do segundo trimestre foi afetado por eventos não recorrentes que não devem se repetir nos próximos trimestres, como o acordo de transação tributária firmado com a União e o acordo trabalhista.

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