Petlove quer comprar ativos se Cade aprovar fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi

Segundo a petição, a Petlove argumenta ser a candidata mais qualificada para adquirir os ativos que forem colocados à venda.

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Publicado em 08/12/2025 às 18:19h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 08/12/2025 às 18:19h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Silva
O julgamento está marcado para quarta-feira (10) (Imagem: Shutterstock)
O julgamento está marcado para quarta-feira (10) (Imagem: Shutterstock)
🚨 Na reta final da análise da fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi, a Petlove protocolou uma manifestação formal ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se colocando como candidata à aquisição de ativos que eventualmente precisem ser desinvestidos para viabilizar a operação.
O julgamento está marcado para quarta-feira (10), e fontes indicam que a aprovação deve ocorrer com remédios antitruste, isto é, mediante a imposição de restrições que limitem a concentração de mercado em determinadas regiões.
A Petlove, terceira maior rede do segmento de produtos e serviços para animais de estimação no Brasil, participa do processo como terceira interessada desde meados de 2024 e já havia se posicionado contra a operação. 
No entanto, nesta segunda-feira (8), a empresa adotou um tom mais pragmático e sinalizou estar disposta a atuar como parte da solução, caso o Cade opte por liberar a fusão mediante a venda de lojas, centros de distribuição ou outros ativos.
“Embora siga convicta de que a operação deve ser reprovada, entende como natural a tentativa das requerentes em viabilizar a fusão por meio de um conjunto de remédios”, afirmou a Petlove em sua petição.

Petlove se diz a melhor opção para compra de ativos

Segundo a petição, a Petlove argumenta ser a candidata mais qualificada para adquirir os ativos que forem colocados à venda, com base em seu porte, estrutura nacional e forte presença digital. 
A companhia destacou que seu faturamento é quase cinco vezes superior ao de redes concorrentes como Petcamp, Petland e American Pet, o que a posicionaria de forma mais robusta para absorver a operação e mitigar os riscos concorrenciais.
A Petlove também citou seu modelo omnichannel e atuação nacional com reconhecimento de marca, reforçando que sua estrutura permitiria uma transição mais eficiente e sustentável, caso o Cade decida pelo desinvestimento como condição para aprovar a fusão.

Próximos passos no Cade

A Superintendência-Geral do Cade já havia dado sinal verde à fusão entre Petz e Cobasi sem restrições, em decisão emitida em junho deste ano. 
No entanto, um recurso apresentado em 23 de junho levou o caso ao tribunal administrativo do Cade, que pode divergir da recomendação anterior.
Entre os remédios que o tribunal poderá impor está a alienação de pontos de venda ou operações logísticas, principalmente em regiões onde as duas empresas somadas teriam grande participação de mercado, reduzindo significativamente a concorrência.
Conforme a jurisprudência do Cade, os compradores desses ativos precisam atender a critérios de independência, capacidade financeira, viabilidade operacional e ausência de vínculos com as partes envolvidas na operação principal. 
📊 Caso a Petlove seja aceita como compradora, a proposta ainda terá que ser submetida à aprovação do próprio Cade, como exige o processo.

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