Penny stocks: B3 tem sete ações por menos de R$ 1, confira

A B3 impõe limites às penny stocks, por entender que esses são ativos de alta volatilidade

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Publicado em 22/01/2024 às 20:52h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 22/01/2024 às 20:52h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Ibovespa é o principal índice da B3 (Shutterstock)
A B3 tem sete ações negociadas por menos de R$ 1 atualmente. Conhecidas como penny stocks, essas ações podem até parecer uma boa oportunidade de investimento, mas estão sujeitas a alta volatilidade e risco. Por isso, têm presença limitada na Bolsa.
📉 A incorporadora PDG Realty (PDGR3) é a ação mais barata da B3 atualmente, segundo levantamento de Einar Rivero da Elos Ayta Consultoria. O papel é negociado por R$ 0,41 nesta segunda-feira (22), mas chegou a bater R$ 15 há cerca de um ano, em 25 de janeiro de 2023. Ou seja, a variação em 1 ano foi de -97%.
A Sequoia (SEQL3) também está na lista das penny stocks da B3. A companhia tinha ações negociadas a R$ 0,52 na abertura desta segunda-feira (22), mesmo depois de ter disparado 107% no primeiro pregão de 2024 diante da possibilidade de uma fusão com o Grupo Move3. A fusão analisada pelas companhias pode criar uma das maiores empresas do segmento de entregas e soluções logísticas do país.
🪙Na lista das penny stocks da B3 neste início de 2024, também estão companhias como Oi (OIBR3) e Americanas (AMER3), que entraram com pedidos de recuperação judicial em 2023. “Essas ações são frequentemente associadas a empresas em estágios iniciais de desenvolvimento, startups ou aquelas enfrentando dificuldades financeiras”, comentou Rivero.
Veja as sete empresas cujas ações são negociadas por menos de R$ 1 na B3, com as respectivas cotações no fechamento desta segunda-feira (22):

Limite na B3

Devido ao baixo valor, as penny stocks estão sujeitas a uma alta volatilidade. Isto é, qualquer variação pode render ganhos ou perdas expressivas, sobretudo diante de um movimento de capital especulativo. Por isso, investimentos nesse tipo de ação são considerados de alto risco.
🧾 Por causa disso, a B3 tenta impor limites à presença das penny stocks nas negociações da Bolsa brasileira. De acordo com o regulamento de emissores da B3, as companhias emissoras de ações devem manter a cotação dos valores mobiliários admitidos à negociação em valor igual ou superior a R$ 1,00.
Quando uma ação é negociada por menos de R$ 1 por 30 pregões consecutivos, seu emissor é notificado pela B3. Neste caso, a B3 dá um prazo de ao menos seis meses para a companhia adotar as medidas necessárias para “reenquadrar a cotação ao patamar mínimo”. Caso o prazo não seja cumprido, as ações podem ser submetidas a uma negociação não contínua na B3.

Grupamento de ações

Entre as opções de ajuste da cotação, está o grupamento de ações. O TC, por exemplo, já disse que vai agrupar as suas ações caso as atuais medidas de reestruturação financeira da companhia não sejam suficientes para elevar o valor do papel. A plataforma de investimentos tem até 21 de junho para reenquadrar a cotação das ações, que são negociadas por menos de R$ 1 desde 8 de novembro de 2023.
📈 O grupamento de ações também foi a solução encontrada pela Casas Bahia (BHIA3) para sair da lista das penny stocks da B3 recentemente. A varejista concluiu o grupamento em dezembro de 2023 e, com isso, ainda conseguiu se manter no Ibovespa. É que, além de estabelecer um prazo para o reenquadramento da cotação, a B3 não permite a presença de penny stocks em índices como o Ibovespa.
 
Diante disso, Einar Rivero diz que os investidores precisam ter em mente que “investir em penny stocks é inerentemente arriscado”. “Esteja preparado para a possibilidade de perdas substanciais e apenas aloque uma porção do portfólio a esses ativos de alto risco”, afirmou.

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