Penny stocks: B3 tem 13 ações cotadas a menos de R$ 1, veja lista
A Gol (GOLL54) tem a ação mais barata da B3 no momento. Por isso, recebeu prazo para se ajustar.

A B3 deu um prazo para que a Gol (GOLL54) enquadrasse o valor das suas ações acima de R$ 1 nesta semana. Contudo, também está de olho na cotação dos papeis de outras empresas brasileiras.
🪙 Além da Gol, outras 12 ações valiam menos que R$ 1 no fechamento dessa quarta-feira (1º), segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Entre elas, os papeis da Oi (OIBR3) e da Enjoei (ENJU3), veja a lista completa abaixo.
As chamadas penny stocks (ações que valem centavos) apresentam alta volatilidade, o que eleva os riscos aos investidores. Por isso, a B3 determina que as companhias mantenham a cotação das suas ações em valor igual ou superior a R$ 1,00.
Gol é a mais barata
É verdade, contudo, que nenhuma das atuais 13 penny stocks da B3 vale tão pouco quanto as ações da Gol.
📉 Embora pareçam cotadas na casa dos R$ 5 na tela, as ações da aérea valem menos que um centavo no momento. É que, desde junho, o papel é negociado em lotes de mil ações. Ou seja, cada ação vale na verdade cerca de R$ 0,005.
Esta forma de negociação foi adotada depois do aumento de capital realizado pela Gol com o intuito de reestruturar as suas contas e deixar a recuperação judicial. A medida, no entanto, levou à emissão de mais de nove trilhões de ações a preços simbólicos, o que puxou a cotação dos papeis para baixo.
Veja as penny stocks da B3, em 30 de outubro de 2025:
- Padtec (PDTC3): R$ 0,99;
- Grupo Toky (TOKY3): R$ 0,97;
- Viver Incorporadora (VIVR3): R$ 0,95;
- Enjoei (ENJU3): R$ 0,91;
- Coteminas (CTNM4): R$ 0,86;
- PPLA Participations (PPLA11): R$ 0,85;
- Azevedo & Travassos (AZEV4): R$ 0,41;
- Azevedo & Travassos (AZEV3): R$ 0,40;
- Azevedo e Travassos Energia (AZTE3): R$ 0,40;
- Oi (OIBR3): R$ 0,40;
- Infracommerce (IFCM3): R$ 0,20;
- PDG Realty (PDGR3): R$ 0,13;
- Gol (GOLL54): R$ 0,00571.
O que acontece com as penny stocks?
Quando uma ação é negociada por menos de R$ 1 por 30 pregões consecutivos, seu emissor é notificado pela B3. Neste caso, a bolsa dá um prazo de ao menos seis meses para a companhia adotar as medidas necessárias para "reenquadrar a cotação ao patamar mínimo" de R$ 1.
📅 Caso esse prazo não seja cumprido, as ações podem ser submetidas a uma negociação não contínua na B3, além de serem excluídas de índices como o Ibovespa.
Por isso, empresas como Infracommerce (IFCM3) e PDG Realty (PDGR3) já estão se movimentando para sair do grupo das penny stocks.
A Infracommerce tem uma assembleia de acionistas marcada para a próxima terça-feira (7) para discutir o grupamento das suas ações, na proporção de 10 para 1.
A PDG Realty já agrupou as suas ações em fevereiro deste ano, na proporção de 125 para 1. Contudo, acabou caindo novamente no grupo das penny stocks. Por isso, propôs outro grupamento, desta vez de 200 para 1. O assunto também será discutido pelos acionistas em assembleia marcada para 13 de outubro.
A Oi também iria discutir um novo grupamento de ações neste mês, mas a assembleia acabou sendo cancelada depois que a justiça apontou o risco de falência e deu um prazo para a empresa reestruturar as suas contas.
Grupamento de ações
O grupamento de ações é a medida mais usada pelas empresas para sair do grupo das penny stocks. Afinal, combina um determinado número de ações em um único papel, diminuindo a quantidade e elevando a cotação das ações.
Empresas como AgroGalaxy (AGXY3), Automob (AMOB3) e Westing (WING3) já recorreram ao grupamento de ações neste ano, por exemplo. Já o Magazine Luiza (MGLU3) aprovou um grupamento em 2024, mesmo sendo cotada acima de R$ 1 na B3, para reduzir a volatilidade das suas ações.
A Gol, por sua vez, não disse se pretende recorrer a esse caminho depois que foi notificada pela B3 por causa do baixo valor das suas ações nesta semana. A aérea tem até 29 de janeiro de 2026 para reenquadrar o preço dos papeis acima de R$ 1.

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