Oportunidade no aço? Banco vê gatilhos para valorização e elege “top pick”

Mesmo em um ambiente desafiador para o aço, o banco reforçou a Gerdau como a sua ação preferida no setor, seguida por Usiminas e CSN.

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Publicado em 11/12/2025 às 16:51h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 11/12/2025 às 16:51h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
A recomendação para Gerdau foi reafirmada em compra, com preço-alvo de R$ 28 (Imagem: Shutterstock)
A recomendação para Gerdau foi reafirmada em compra, com preço-alvo de R$ 28 (Imagem: Shutterstock)
💲 O JPMorgan revisou suas projeções para o setor de siderurgia após incorporar os resultados do terceiro trimestre de 2025 e atualizar suas premissas macroeconômicas e de preços das commodities.
Mesmo em um ambiente desafiador para o aço, o banco reforçou sua visão para as empresas do setor, mantendo a Gerdau (GGBR4) como a sua ação preferida no setor, seguida por Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).
A recomendação para Gerdau foi reafirmada em compra, com preço-alvo de R$ 28, sustentada por uma percepção clara de que a empresa está se movendo na direção correta para atravessar o período adverso e fortalecer sua rentabilidade no longo prazo. 

O gatilho que pode mudar o setor

Um ponto central do relatório é o impacto potencial das medidas antidumping que podem ser adotadas pelo governo.  Para o JPMorgan, se aprovadas, essas medidas podem reposicionar o setor no curto prazo, reduzindo a concorrência de produtos importados e devolvendo poder de preços às siderúrgicas brasileiras.
Nesse cenário, a Usiminas seria a maior beneficiada, o que explica por que, apesar da recomendação neutra, o banco vê forte potencial de curto prazo caso os remédios comerciais sejam implementados.

Gerdau

Para a Gerdau, o JPMorgan espera margens mais enxutas no Brasil no 4T25 devido à sazonalidade, mas enxerga fatores relevantes de alívio estrutural em 2026. 
A entrada em operação da mina Miguel Burnier deve reduzir custos em R$ 400 milhões a partir da segunda metade do ano, montante que soma-se a outro corte planejado de mesmo valor, especialmente via contratos de energia e maior diluição operacional. Nos EUA, mercado que representa uma fatia significativa dos resultados da Gerdau, a expectativa é ainda mais positiva.
O JPMorgan projeta margens acima de 20% em 2026, apoiadas em preços mais altos (especialmente das vigas) e estabilidade regulatória, assumindo que não haja mudanças relevantes no USMCA. 
A empresa é precificada a um múltiplo de 3,7x EV/Ebitda para 2026, considerado atrativo.

Usiminas

A Usiminas deve registrar leve expansão de margens no aço no 4T25, impulsionada por custos menores, embora a sazonalidade reduza volumes. Na mineração, preços fortes do minério ajudam a sustentar margens elevadas, ainda que os embarques sejam menores.
Para 2026, o JPMorgan vê melhora consistente nos preços do aço para os principais setores consumidores, elevando a rentabilidade da empresa. A ação negocia a 4,5x EV/Ebitda 2026, mas permanece com recomendação neutra porque, na ausência do antidumping, o potencial de valorização é considerado limitado.

CSN

A CSN deve se beneficiar de preços mais altos do aço trimestre a trimestre, o que melhora margens mesmo com volumes menores e custos estáveis. Para 2026, o banco projeta retomada gradual do setor, permitindo que a empresa sustente margens de dois dígitos.
Na CSN Mineração (CMIN3), preços fortes do minério compensam parte da queda nos volumes no 4T. O JP estima preço médio de US$ 95 por tonelada para 2026 e margens consistentemente acima de 40%. O segmento de cimento também deve manter estabilidade, com margens próximas de 25%.
📈 Apesar do bom posicionamento operacional, a recomendação permanece neutra, com preço-alvo de R$ 8,50, pois o banco vê pouco espaço para reprecificação relevante. A companhia negocia a 5,6x EV/Ebitda 2026.

GGBR4

GERDAU
Cotação

R$ 19,97

Variação (12M)

-1,00 % Logo GERDAU

Margem Líquida

4,31 %

DY

3.1%

P/L

13,31

P/VP

0,73