OpenAI vs Microsoft: startup pode processar big tech por anti competição

Impasse estaria na tentativa de tornar a dona do ChatGPT uma empresa com fins lucrativos

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Publicado em 17/06/2025 às 14:16h - Atualizado Agora Publicado em 17/06/2025 às 14:16h Atualizado Agora por Wesley Santana
Os CEOs Sam Altman (OpenAI) e Satya Nadella (Microsoft) quando fecharam acordo entre as empresas, em 2019 (Imagem: Divulgação)
Os CEOs Sam Altman (OpenAI) e Satya Nadella (Microsoft) quando fecharam acordo entre as empresas, em 2019 (Imagem: Divulgação)

A relação comercial que OpenAI e Microsoft (MSFT34) mantém parece não ser tratada também como amizade entre as marcas. Nesta semana, a imprensa norte-americana destacou que os executivos de startup de inteligência artificial avaliam processar a big tech por comportamento anticompetitivo.

⚖ O jornal Wall Street Journal disse que a dona do ChatGPT estaria buscando uma revisão regulatória para acusar a empresa de Bill Gates de violar a lei antitruste dos Estados Unidos. O resultado deste processo poderia acabar com a parceria que as duas empresas mantêm já há alguns anos.

O plano de fundo desta causa é um desacordo entre as duas marcas sobre questões de propriedade intelectual da IA. O cenário ficou ainda mais conflituoso depois que a OpenAI tentou comprar a startup de codificação Windsurf. A Microsoft não quer dar o braço a torcer pois teme perder o controle sobre a propriedade intelectual de sua parceira.

Além disso, a OpenAI necessita de autorização expressa da Microsoft para avançar com um de seus principais projetos atuais que é se tornar uma empresa com fins lucrativos. A mudança no modelo de negócio é o ponto inicial para que a startup consiga levantar mais dinheiro no mercado e, eventualmente, fazer um IPO (Oferta Pública de Ações).

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A Microsoft pede uma fatia maior da participação da nova empresa que seria criada a partir do remodelamento do negócio, enquanto a OpenAI oferece 33%. Isso é o principal fato que tem dificultado a conversão prevista pelo alto comando do ChatGPT.

Se for confirmada a denúncia, isso pode significar o fim da parceria entre as duas empresas datada inicialmente em 2019, quando a Microsoft fez um aporte de US$ 1 bilhão na marca. Desde então, este negócio ficou conhecido como um dos mais bem sucedidos do mercado de tecnologia, dada a dimensão e os resultados do acordo.

Apesar das especulações, as marcas garantem que estão dispostas a manter a parceria. “As negociações estão em andamento e estamos otimistas de que continuaremos a construir juntos nos próximos anos”, diz uma nota conjunta enviada à imprensa.

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