Nova aquisição da Petrobras (PETR4) deve derrubar dividendos, diz XP
Desembolso de US$ 1,3 bi no leilão de Mero e Atapu deve afetar o resultado do trimestre; compra foi mantida.
Os investidores podem ver seus dividendos prejudicados por causa da nova aquisição feita pela Petrobras (PETR4). A análise é da XP Investimentos, que publicou um relatório destacando o pagamento de US$ 1,3 bilhão que deve ser feito pela estatal no âmbito do leilão dos direitos de produção em Mero e Atapu.
Segundo a corretora, o desembolso deve gerar um impacto negativo de 0,7 ponto percentual nos dividendos referentes a este último trimestre do ano. No entanto, os analistas entendem que o impacto será reduzido, já que o primeiro trimestre do próximo ano já não deve sofrer nenhum efeito do leilão.
“A data de pagamento está marcada para 19 de dezembro, ou seja, antes do final do ano de 2025, o que terá impacto nos dividendos do quarto trimestre de 2025. O contrato será assinado em março de 2026 e o benefício líquido para a produção da Petrobras terá início em 2027”, diz o relatório assinado por Regis Cardoso.
Mesmo com a possível redução, a XP manteve a recomendação de compra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 37. O valor representa uma potencial alta de 15% em relação ao movimento do ticker na tarde desta sexta-feira (5).
A manutenção da estimativa também se sustenta no fato de que a XP considera o leilão uma importante ferramenta de geração de valor para a petroleira. Segundo o documento, os ativos estão alinhados com o plano estratégico da companhia e são essenciais para o pré-sal, que hoje é operado pela empresa.
“Os ágios oferecidos foram pequenos, e a ausência de lances em Tupi é prova da alocação diligente de capital da empresa (nós também chegamos a valores presentes abaixo da oferta mínima estipulada)”, comenta Cardoso, em relatório.
Ações reagem
Por volta das 12h, as ações da Petrobras reagiam de forma positiva, com alta de 1% no pregão. Cada papel era negociado por R$ 32,85, uma das maiores cotações dos últimos seis meses, conforme dados da B3.
Apesar disso, as ações da Petrobras ainda carregam um prejuízo de 10% no ano, fruto de resultados trimestrais abaixo da expectativa do mercado. A empresa, no entanto, tem sido uma das que surfam na maré alta do Ibovespa (IBOV), que atinge índices recordes sucessivos nas últimas semanas.
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