Nem Ibov, nem Ifix: Conheça o índice da bolsa que subiu 46% no ano

Imob cresceu três vezes mais que o principal indicador da bolsa de valores brasileira.

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Publicado em 18/08/2025 às 13:51h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 18/08/2025 às 13:51h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
JK Iguatemi é um dos principais shoppings da capital paulista (Imagem: Shutterstock)
JK Iguatemi é um dos principais shoppings da capital paulista (Imagem: Shutterstock)

Ibovespa (IBOV) e Fundos Imobiliários (IFIX) são dois dos índices mais conhecidos da bolsa de valores, responsáveis por receber grande parte dos investimentos. No entanto, a performance deles-que é de 14% e 10% em 2025- frente a outro indicador de ações é quase pífia.

Segundo reportagem do Valor, o Índice Imobiliário (IMOB) da B3 obteve uma valorização de 45,8% em 2025. Ele reúne as ações de empresas das áreas de construção civil e shoppings, como Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) e Cyrela (CYRE3) que têm os maiores pesos da lista.

Os analistas destacam que a alta nesse indicador está ligada ao fato de que os dois setores passaram por fortes correções de preços nos últimos meses. Eles são, por exemplo, bastante suscetíveis aos efeitos monetários, no momento em que a taxa básica de juros está no maior patamar dos últimos anos.

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“A virada na política monetária [leia-se, expectativa de haver um movimento de queda dos juros] o que está puxando essa valorização. Em dezembro, o consenso era de que a Selic poderia chegar a 16% em 2025 e não tínhamos perspectivas de queda dos juros”, comentou Caio Araujo, analista de mercado imobiliário da Empiricus.

Ele indica que, para os próximos trimestres, a estratégia ainda segue valendo, mas agora com mais cautela. Isso porque o mercado já aposta em uma diminuição da Selic, considerando que o Banco Central terminou o ciclo de alta de juros, conforme destacou na última Ata do Copom.

“Esperamos desaceleração das vendas em shoppings no segundo semestre, mas essa é uma expectativa que já está basicamente refletida nos preços dessas empresas na bolsa. Além disso, as maiores redes do país estão muito expostas a públicos de alta renda, o que sustenta perspectivas de boa performance operacional, e, junto com os gatilhos macro, podem puxar o segmento”, projeta Araujo.

Veja a composição do IMOB:

Allos (ALOS3) | Peso: 19,255%

Multiplan (MULT3) | Peso: 15,992%

Cyrela Realt (CYRE3) | Peso: 12,686%

Direcional (DIRR3) | Peso: 8,860%

Iguatemi S.A (IGTI11) | Peso: 8,352%

Cury S/A (CURY3) | Peso: 8,145%

MRV (MRVE3) | Peso: 5,141%

Tenda (TEND3) | Peso: 4,935%

JHSF Part (JHSF3) | Peso: 3,052%

Even (EVEN3) | Peso: 2,620%

EZTEC (EZTC3) | Peso: 2,613%

Moura Dubeux (MDNE3) | Peso: 2,335%

Log Com Prop (LOGG3) | Peso: 1,882%

Lavvi (LAVV3) | Peso: 1,714%

Plano e Pplano (PLPL3) | Peso: 1,351%

Syn Prop Tec (SYNE3) | Peso: 0,791%

Gafisa (GFSA3) | Peso: 0,276%

ALOS3

ALLOS
Cotação

R$ 23,23

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DY

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