Moody's rebaixa rating da Azul (AZUL4), diante de maior risco de liquidez
Nota de crédito caiu para Caa2, com perspectiva negativa, em meio a negociações com arrendadores.
Apesar do avanço das negociações com credores, a Azul (AZUL4) teve o seu rating rebaixado por mais uma agência de classificação de risco.
📉 A Moody's cortou na sexta-feira (20) a nota de crédito da Azul de Caa1 para Caa2. A perspectiva do rating também foi revisada, caindo de positiva para negativa.
A S&P Global Ratings já havia feito o mesmo no início de setembro, por causa dos "resultados mais fracos" e da "liquidez mais apertada" da companhia aérea.
Segundo a Moody's, "o rebaixamento dos ratings da Azul reflete os resultados mais fracos que a empresa registrou durante 2024 e a queima de caixa resultante, o que aumentou os riscos de liquidez".
💲 A agência de classificação de risco lembrou que a Azul gerou um Ebit de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2024, mas também registrou uma queima de caixa de R$ 1,2 bilhão no período devido à "alta necessidade de capital de giro, endividamento e despesas de capital".
Com isso, a Azul ficou com uma posição de caixa de R$ 1,4 bilhão, R$ 500 milhões a menos do que o registrado no final de 2023. A empresa, no entanto, tem R$ 5,9 bilhões em obrigações financeiras e de arrendamento com vencimento no curto prazo, segundo a Moody's.
"O risco de liquidez da Azul aumentou e a empresa precisará buscar renegociações adicionais com arrendadores e financiamento adicional para suprir suas necessidades de liquidez", alertou a agência.
Leia também: Azul (AZUL4): XP derruba preço-alvo e mantém recomendação neutra
Azul negocia com arrendadores
A Azul reiterou nos últimos dias que "está em negociações com arrendadores de aeronaves para otimizar a estrutura de equity". Uma das saídas em análise é a substituição de dívida por participação societária na Azul.
De acordo com a Moody's, a capacidade da empresa de aumentar liquidez, refinanciar suas obrigações financeiras e controlar a queima de caixa será fundamental na avaliação futura dos seus ratings.
Afinal, a nota atual "reflete a exposição da Azul à volatilidade da indústria aérea e aos crescentes riscos macroeconômicos, combinados com suas métricas de crédito ainda fracas".
Já a perspectiva negativa do rating é fruto do "perfil de liquidez apertado da Azul e a dependência da empresa em renegociações adicionais com locadores ou iniciativas de refinanciamento adicionais".
AZUL4
AZULR$ 1,01
-80,43 %
-12,29 %
0%
-0,34
-0,03
CVM entra com processo contra CEO da Azul (AZUL4)
O CEO informou na entrevista uma expectativa de receita de R$ 20 bilhões para 2024.
Azul (AZUL4): Prejuízo ajustado dispara no 3T25 e chega a R$ 1,56 bilhão
O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,914,5 bilhão.
Azul (AZUL4): Tribunal de NY aprova termos do plano de reorganização
O tribunal também deu aval ao Backstop Commitment Agreement.
Com acordo bilionário, Azul (AZUL4) acelera plano para sair do Chapter 11
Segundo a empresa, o progresso está alinhado ao cronograma inicialmente proposto para a conclusão do processo.
Azul (AZUL4) registra Ebitda de R$ 613,8 milhões em setembro de 2025
O resultado operacional foi de R$ 376,7 milhões, com margem de 20,6%.
Mais cautelosa, Azul (AZUL4) revê metas e vê ações subirem na bolsa
Empresa corta projeções de receita e Ebitda, mas mantém capacidade e aposta em redução de custos.
Azul (AZUL4) bate recorde com 23,7 milhões de passageiros em 2025
Entre as rotas com maior movimento em 2025, Recife figura como principal destaque.
Bagagem de mão de 10 quilos gratuita tem aprovação no Senado; veja próximo passo
Projeto de lei passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa.