Marfrig (MRFG3) ou BRF (BRFS3): Quem lucra mais com a fusão bilionária?
Segundo o anúncio, a fusão tem potencial de sinergias estimadas em pouco mais de R$ 805 milhões.

🚨 Uma nova gigante da indústria de alimentos acaba de surgir. Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) anunciaram na última quinta-feira (15), a fusão integral de suas operações, consolidando uma das maiores companhias de alimentos do mundo.
A integração entre as duas empresas promete trazer ganhos operacionais relevantes e um novo patamar de eficiência ao setor.
A fusão já começa a mostrar seus efeitos nos resultados do primeiro trimestre de 2025. A Marfrig alcançou uma receita líquida consolidada de R$ 38,6 bilhões, o que representa um salto de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já a BRF, atingiu uma receita líquida de R$ 15,5 bilhões, representando um aumento de 16%.
Sinergias em números
A integração gerou cortes e ganhos operacionais importantes. As despesas com vendas, gerais e administrativas (DVGA) somaram R$ 3,3 bilhões, com uma redução de 100 bps nas despesas sobre a receita líquida.
Houve foco em melhores práticas e uso conjunto de estruturas administrativas, comerciais e logísticas.
📈 Segundo fato relevante divulgado pelas companhias, a fusão tem potencial de sinergias estimadas em pouco mais de R$ 805 milhões, impulsionadas pelo aumento de receitas com oportunidades de cross-selling e pela redução de custos operacionais.
Além disso, estima-se uma economia fiscal de aproximadamente R$ 3 bilhões com a otimização tributária da nova estrutura combinada.
“Nossa integração cada vez maior foi fundamental para mitigar os efeitos não recorrentes e sazonalidade do primeiro trimestre”, destacou Marcos Molina, presidente do Conselho da Marfrig.
A eficiência aumentou com a troca de melhores práticas entre as empresas e a readequação da estrutura administrativa na América do Sul.
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Vantagens da fusão para os investidores
Com a fusão, a Marfrig ganha musculatura para competir com as maiores empresas globais do setor de alimentos.
A diversificação geográfica e de produtos é um dos grandes trunfos da nova companhia, que passa a atuar de forma integrada nas cadeias de bovinos, suínos e aves, além de produtos processados e industrializados de alto valor agregado.
Outro ponto relevante é a redução da alavancagem. A BRF encerrou o trimestre com a menor alavancagem de sua história, 0,54x, enquanto a Marfrig consolidada apresenta alavancagem de 2,69x, com tendência de queda, segundo a empresa.
O que muda para o investidor
💲 A principal mudança para os acionistas é o fortalecimento da Marfrig como veículo único da nova companhia.
A BRF passa a ser consolidada dentro da Marfrig, o que pode afetar diretamente a forma como os resultados são divulgados e analisados.
Com maior eficiência operacional e foco em produtos com marcas fortes e maior margem, a expectativa é de geração de valor no longo prazo.
Para o investidor, isso significa uma companhia mais robusta, com presença internacional, alto poder de escala e capacidade de crescimento orgânico e por aquisições.
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O que esperar da nova gigante?
A direção da companhia reafirma o compromisso com a sustentabilidade, a eficiência e a disciplina financeira. Entre as frentes estratégicas para os próximos trimestres estão:
- Expansão internacional com foco em produtos de maior valor agregado;
- Consolidação de mercados estratégicos como Oriente Médio, China e Estados Unidos;
- Investimentos em inovação e automatização de plantas industriais;
- Reforço nas campanhas de marketing e posicionamento das marcas.
Em 2025, a Marfrig conquistou a nota máxima (AAA) em três categorias do CDP: Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Florestas, se tornando referência no setor.
📊 Com uma base global, sinergias capturadas e foco na rentabilidade, a nova MBRF se posiciona como uma das companhias mais promissoras do setor de alimentos no Brasil e no mundo.

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