Lula traça perfil do próximo presidente do Banco Central, confira

Presidente também fez críticas a Roberto Campos Neto, que deve deixar o comando do BC no fim do ano.

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Publicado em 18/06/2024 às 15:53h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 18/06/2024 às 15:53h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Lula quer que BC mire inflação, mas também crescimento econômico (Ricardo Stuckert/Presidência)
Lula quer que BC mire inflação, mas também crescimento econômico (Ricardo Stuckert/Presidência)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta terça-feira (18) o perfil buscado para o próximo presidente do BC (Banco Central). Segundo ele, deve ser uma pessoa madura, que não se submeta a pressões de mercado e contribua com o crescimento do país.

🗣️ "O presidente do Banco Central tem que ser uma pessoa séria, responsável, imune aos nervosismos momentâneos do mercado e tem que dirigir a política monetária do país levando em conta que precisamos controlar a inflação e crescer", disse o presidente Lula, em entrevista à rádio "CBN".

E reforçou: "Na hora que eu tiver que escolher o presidente do Banco Central, vai ser uma pessoa madura, calejada, responsável. Alguém que tenha respeito pelo cargo que exerce e que não se submeta a pressões de mercado. Alguém que faça aquilo que for do interesse dos 213 milhões de brasileiros".

Leia também: Lula critica Campos Neto e diz que é preciso baixar os juros

Lula deve escolher o próximo presidente do Banco Central nos próximos meses. Afinal, o mandato do atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, acaba ao final deste ano de 2024 e Lula já deixou claro suas críticas a Campos Neto.

Nesta terça-feira (18), por exemplo, Lula disse que Roberto Campos Neto "tem lado político" e tem prejudicado o país porque "não tem explicação para a taxa de juros do jeito que está".

💲 Para Lula, é preciso baixar os juros, porque a taxa Selic está em um patamar "proibitivo aos investimentos". Ele disse, então, que vai escolher uma "pessoa que tenha um compromisso com o desenvolvimento desse país" para comandar o BC a partir de 2025.

"A gente não tem que pensar só no controle da inflação, tem que pensar também em uma meta de crescimento, porque o crescimento econômico e o crescimento da massa salarial é o que vai permitir controlar a inflação com certa tranquilidade", argumentou.