Lula não descarta endividar o País para buscar desenvolvimento

Declaração foi dita durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável

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Publicado em 13/12/2023 às 09:22h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 13/12/2023 às 09:22h Atualizado 3 meses atrás por Juliano Passaro
(Agência Brasil/Marcelo Camargo)
(Agência Brasil/Marcelo Camargo)

🗣️ O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na última terça-feira (12), que é possível (e talvez necessário) que o Brasil faça dívidas para buscar o desenvolvimento. A declaração foi dita durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, no Palácio do Planalto.

📉 "Se for necessário este País fazer endividamento para crescer, que o problema de você fazer uma dívida para produzir ativos produtivos para este País?", indagou Lula.

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Lula tratou a questão fiscal, de ter superávit primário, conter a inflação e ficar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal como "pedras no caminho" para o crescimento do Brasil.

"Temos o caminho das pedras, temos de decidir agora se vamos retirar essas pedras ou não. Ou se a gente vai chegar à conclusão que olha, por um problema da Lei de Responsabilidade Fiscal, de superávit primário, de inflação, a gente não poder fazer", disse Lula.

"Um ano ganha, um ano perde. A massa salarial de hoje é menor que a de 2010. É um retrocesso", complementou o presidente.

Lula ainda defendeu investimentos em diversos setores, com ênfase na criação de 100 institutos federais na área de matemática, salientando que isso seria um investimento e não um gasto.

Propostas do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável para Lula

Os grupos presentes na reunião do chamado "Conselhão" apresentaram propostas de recuperação de áreas degradadas, polos tecnológicos, política integrada para a primeira infância, acesso ao crédito para micro e pequenas empresas, transição energética, combate às desigualdades e proteção da Amazônia.

O presidente disse que irá pedir uma estudo de viabilidade econômica para avaliar o valor necessário para tais investimentos.

O "Conselhão" foi reinstalado no governo Lula, após ser interrompido em governos anteriores. Ele é composto por 247 integrantes, entre representantes da sociedade e membros do governo.