Lula deve indicar presidente do Banco Central nas próximas semanas, diz Haddad

Haddad também falou sobre a possibilidade de um aumento na Selic.

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Publicado em 14/08/2024 às 09:57h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 14/08/2024 às 09:57h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
Campos Neto afirmou que não hesitaria em elevar a taxa se fosse necessário (Shutterstock)
Campos Neto afirmou que não hesitaria em elevar a taxa se fosse necessário (Shutterstock)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), informou que a nomeação do novo presidente do BC (Banco Central) deve ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas semanas. A escolha do novo chefe da autoridade monetária está sendo discutida entre o presidente Lula e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

🗣️ “Ele ficou de discutir com Pacheco a questão da sabatina, em virtude do calendário eleitoral. Ele quer garantir que o seu nome indicado possa ser sabatinado nesses esforços concentrados que são feitos [antes das eleições municipais]”, declarou.

Haddad também falou sobre a possibilidade de um aumento na taxa básica de juros Selic pelo Banco Central (BC). Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, afirmou que não hesitaria em elevar a taxa se fosse necessário. 

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“A decisão sobre juros impacta os preços em um tempo dilatado, não acontece imediatamente. Então, o Banco Central tem que pesar muitas variáveis sobre preços, como vão se comportar os outros bancos centrais do mundo nos próximos meses, se diferencial de juros entre o Brasil e o resto do mundo vai aumentar por conta disso, se vai ter impacto no câmbio”, disse.

💭 Na última terça-feira (13), Campos Neto esteve na Câmara dos Deputados prestando esclarecimentos sobre a atual política monetária do Banco Central. Em julho, o BC optou por manter a Selix em 10,5% ao ano, decisão que contrariou as expectativas de empresários, trabalhadores e setores do governo, que pedem a redução da taxa. 

Em comunicado, o BC ressaltou que a decisão de manter a taxa foi impactada por um cenário internacional desafiador, caracterizado por incertezas sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e pelos efeitos dessas medidas sobre a inflação e a atividade econômica em vários países.