Lucro do Nubank frustra mercado, e ações caem

Apesar da reação, diretoria fala sobre entrada em novo mercado

Publicado em 21/02/2025 às 06:30h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 21/02/2025 às 06:30h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana

Sede do Nubank, em SP (Imagem: Shutterstock)

Depois do fechamento da bolsa brasileira nesta quinta-feira (20), os investidores reagiram à divulgação do balanço do Nubank (ROXO34). No pós-mercado, as ações da companhia chegaram a cair mais de 8%, segundo dados de NYSE.

📈 No fechamento do pregão, os papéis terminaram cotados em US$ 13,34. Já no after market, a cotação se aproximou de US$ 12,15, ainda de acordo com a bolsa local.

No Brasil, os BDRs da fintech mais valiosa da América Latina terminaram o dia avaliados em R$ 12,20

Parte deste movimento se justifica na receita do banco que veio abaixo da estimativa do mercado. Enquanto os analistas esperavam algo próximo de US$ 3,21 bilhões, o banco brasileiro entregou US$ 2,99 bilhões.

O banco digital, porém, reportou um lucro líquido ajustado de US$ 610 milhões no último trimestre do ano passado. Houve um avanço de 87% na comparação anual e o resultado ficou acima do consenso que era de US$ 567 milhões.

Com o movimento desta quarta, as ações do Nubank pausam uma trajetória consecutiva de alta. Desde o começo do ano, os papéis vinham crescendo, chegando a um patamar próximo de 30% desde janeiro.

Atualmente, os papéis do Nubank contam com recomendações de compra de 12 casas de análises diferentes. Além disso, outros nove recomendam manutenção do ticker na carteira, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

O Nubank tem hoje um valor de mercado de US$ 63,5 bilhões (cerca de R$ 368 bi), o maior entre as instituições financeiras da América do Sul. Seu principal concorrente neste sentido é o Itaú, que trabalha com um valuation de R$ 300 bilhões.

Novo mercado

💰 O diretor de relações com investidores do Nubank antecipou que o Nubank deve anunciar a entrada em um novo mercado ainda neste ano. Jorg Friedemann, no entanto, não detalhou qual seria o próximo país a entrar no portfólio do banco digital brasileiro.

“2025 vai ser o ano que a gente começa a estabelecer as bases para que o Nubank se torne uma empresa de tecnologia que pode atuar em múltiplos países e regiões”, disse Friedemann, em entrevista à Reuters. “A gente não está pronto ainda para fazer qualquer anúncio mais específico de qual que é a próxima, mas esperamos que isso aconteça até o final de 2025”, antecipou.