Lira e Pacheco falam, mercado escuta e dólar acalma
Líderes do Executivo tranquilizaram o mercado sobre isenção do IR
Depois que a equipe econômica do Planalto divulgou detalhes do suposto corte fiscal, o mercado esbravejou. A bolsa caiu, o dólar passou de R$ 6 e os juros futuros atingiram patamares recordes.
🗣 Na tentativa de acalmar o ânimo dos agentes financeiros, os líderes do Legislativo entraram em campo nesta sexta-feira (29). Arthur Lira (presidente da Câmara) e Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) frearam a possibilidade da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil neste primeiro momento.
“A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer”, disse Pacheco por meio de nota.
O chefe do Congresso Nacional também usou o espaço tecer críticas, mesmo que indiretas ao governo federal. “Em se tratando de política fiscal, é preciso afastar o medo da impopularidade que constantemente ronda a política”, pontuou ele.
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Já Lira afastou a possibilidade de os deputados analisarem a renúncia fiscal ainda neste ano. Segundo ele, os parlamentares devem se debruçar sobre o pacote fiscal, mas a isenção do IR deve ficar para um segundo momento.
“Inflação e dólar altos são mazelas que atingem de forma mais severa os mais pobres. Qualquer outra iniciativa governamental que implique em renúncia de receitas será enfrentada apenas no ano que vem, e após análise cuidadosa e sobretudo realista de suas fontes de financiamento e efetivo impacto nas contas públicas. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável”, escreveu em suas redes sociais.
Dólar respira
💵 Depois de atingir R$ 6,11 durante a manhã, as falas dos congressistas fizeram o dólar recuar para abaixo de R$ 5,99, voltando à cotação da véspera. O mesmo aconteceu com o Ibovespa, que reverteu a trajetória de queda e, às 13h30, registrava alta de 0,5%, acima dos 125 pontos.
Os juros futuros também indicavam queda, com todos os contratos a partir de 2026 apontando queda. Os ativos com vencimento para janeiro de 2027 eram negociados em 13,9% ao ano, também no mesmo índice da quinta.
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