Itaú (ITUB4): 'Tolerância zero' em casos de ex-diretores agrada o mercado; ações sobem

Nesta segunda-feira (9), por volta das 14h30, as ações preferenciais do banco subiam cerca de 0,92%.

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Publicado em 09/12/2024 às 14:32h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 09/12/2024 às 14:32h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Rodrigues
As ações contundentes do banco geraram reações na Faria Lima (Imagem: Shutterstock)
As ações contundentes do banco geraram reações na Faria Lima (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco privado da América Latina, tornou-se o centro das atenções no mercado financeiro após uma série de decisões que destacaram sua postura rigorosa em relação a desvios éticos e conflitos de interesse.

Nesta segunda-feira (9), por volta das 14h30, as ações preferenciais do banco subiam cerca de 0,92%.

Em menos de uma semana, o banco demitiu seu diretor de marketing, Eduardo Tracanella, por uso indevido do cartão corporativo, e protocolou uma ação judicial contra seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, acusando-o de conflito de interesses.

As ações contundentes do banco geraram reações na Faria Lima, onde analistas e gestores elogiaram a firmeza do Itaú.

“A postura intransigente do banco com esses desvios reforça uma cultura organizacional robusta e um compromisso com a ética”, comentou um gestor especializado no setor financeiro.

Ele destacou que o fato de o banco identificar internamente essas irregularidades reforça a credibilidade de seus controles.

O caso Tracanella: Uma saída pacífica

Tracanella, reconhecido por suas contribuições ao marketing do banco, deixou a instituição em termos mais amenos, com declarações mútuas de gratidão entre ele e o Itaú.

Nas redes sociais, a repercussão foi controlada, mas a mensagem interna foi clara: o uso inadequado de recursos corporativos não será tolerado, independentemente do histórico profissional.

➡️ Leia mais: Itaú (ITUB4) demite 'super' executivo por mau uso do cartão corporativo e desvio de conduta

O caso Broedel

A situação com Broedel, por sua vez, foi mais complexa e ganhou destaque com o envolvimento do nome de Eliseu Martins, referência nacional em contabilidade.

Segundo o Itaú, Martins prestou serviços de consultoria ao banco, enquanto era sócio de Broedel em outra empresa — um possível conflito de interesses.

O caso tornou-se ainda mais sensível devido à recente transição de Broedel para o Santander, na Espanha, onde assumiu um cargo de alta relevância.

Analistas interpretam a movimentação como uma possível fonte de atrito entre os dois gigantes do setor bancário.

“É improvável que o Itaú levante essas questões sem bases sólidas”, avaliou um analista-chefe de uma gestora.

➡️ Leia mais: Itaú (ITUB4) acusa ex-diretor por possíveis fraudes e avalia ação judicial; entenda

Impactos na governança

Especialistas em compliance veem o episódio como um divisor de águas. Para Márcio Cyrino, consultor em investigações corporativas, o Itaú demonstrou que suas práticas de governança não fazem distinção entre altos executivos e outros colaboradores.

“O Brasil ainda está amadurecendo em termos de compliance, mas casos como este obrigam as empresas a revisarem seus controles internos e processos decisórios”, afirmou.

A postura do Itaú pode servir de referência para outras instituições financeiras, especialmente em um cenário onde o mercado exige cada vez mais transparência e responsabilidade corporativa.

📈 A firmeza do Itaú em lidar com questões internas ressalta sua dedicação a uma cultura de ética e compliance, enviando uma mensagem poderosa ao mercado.

ITUB4

Banco Itau Unibanco
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R$ 32,99

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