IRB (IRBR3) inicia disputa de R$ 10 milhões com a Previ, entenda

Previ busca ressarcimento de perdas sofridas em 2020, após descoberta de fraudes contábeis no IRB.

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Publicado em 24/01/2025 às 17:15h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 24/01/2025 às 17:15h Atualizado 2 dias atrás por Marina Barbosa
IRB e Previ iniciaram procedimento de arbitragem (Imagem: Shutterstock)
IRB e Previ iniciaram procedimento de arbitragem (Imagem: Shutterstock)

O IRB (IRBR3) deu início a uma disputa de R$ 10 milhões com a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3).

⚖️ A Previ deu entrada em um procedimento arbitral contra o IRB e ex-diretores da resseguradora em janeiro do ano passado. O fundo de pensão cobra ressarcimento das perdas sofridas pela desvalorização abrupta das ações do IRB no início de 2020, quando fraudes contábeis foram descobertas na companhia.

Passado um ano do pedido, o IRB decidiu firmar um termo de arbitragem com a Previ. O documento foi assinado no último dia 14 de janeiro e permite o início do procedimento arbitral, ou seja, da busca de uma resolução para esse conflito.

"Esta celebração do termo de arbitragem dá seguimento à Comunicação sobre Demanda Societária divulgada em 03 de janeiro de 2024, que se referia ao início do Procedimento Arbitral CAM nº 258/23", comunicou o IRB, nessa quinta-feira (23).

Além do IRB, o ex-CEO e o ex-CFO da resseguradora, José Carlos Cardoso e Fernando Passos, respectivamente, são alvos do pedido de indenização por perdas e danos feito pela Previ.

Fernando Passos já foi multado em R$ 20 milhões pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por manipulação de preço no mercado de valores mobiliários. Segundo o órgão, ele divulgou informações falsas sobre um potencial investimento de Warren Buffett no IRB, o que deu fôlego às ações da empresa após a descoberta das fraudes contábeis, em 2020.

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Fraudes do IRB

💰 Inconsistências contábeis em relatórios do IRB foram inicialmente identificadas pela gestora Squadra, em fevereiro de 2020. O escândalo derrubou as ações, levou à troca do comando da resseguradora e acabou sendo confirmada pela nova diretoria da empresa em junho daquele ano.

"Verificou-se que ex-diretores e outros colaboradores da Companhia e Controladas praticaram irregularidades que culminaram na modificação intencional e sistêmica de dados operacionais da Companhia relacionados, principalmente, à provisão de sinistros a liquida", informou o IRB, à época.

Ainda de acordo com a empresa, "as contabilizações indevidas, representaram um impacto no lucro líquido da Companhia para 2019 de R$ 553,4 milhões e de R$ 117,2 milhões em 2018".

Diante disso, as ações do IRB afundaram 77% na B3 em 2020 e seguiram em queda nos anos seguintes. Só a partir de 2023 é que a resseguradora voltou a se valorizar na bolsa.

Recuperação

📈 Além de subir na bolsa, o IRB voltou a ter lucros em 2023. E esses resultados aceleraram em 2024, em meio a um cenário favorável para o setor de seguros. Com isso, a ação da companhia entrou na mira dos analistas.

Em dezembro do ano passado, por exemplo, o BTG Pactual divulgou um relatório apontando o IRB como uma das possíveis "melhores apostas para 2025".

Na avaliação do BTG, o IRB pode ganhar com a alta dos juros e vem melhorando os seus resultados operacionais, de forma que pode voltar a pagar dividendos em breve.

A ação da resseguradora, no entanto, teve uma leve baixa de 4% em 2024. Já neste ano, acumula uma valorização de 15% até esta sexta-feira (24).

IRBR3

IRB
Cotação

R$ 49,60

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DY

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