IPCA estoura meta de inflação e fecha 2024 em 4,83%; gasolina lidera alta
Em dezembro de 2024, o IPCA avançou 0,52%, acima da variação de 0,39% registrada em novembro.
🚨 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, encerrou 2024 com alta acumulada de 4,83%, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta era de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Esse resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10), coloca a inflação 0,33 pontos percentuais acima do limite superior, reforçando os desafios para a política monetária em 2025.
Dezembro pressiona alta do IPCA
Em dezembro, o IPCA avançou 0,52%, acima da variação de 0,39% registrada em novembro.
Este desempenho ficou levemente abaixo das expectativas do mercado, que projetava alta de 0,57% no mês, mas ainda assim contribuiu para o acumulado anual, que também superou as estimativas de 4,88% em 12 meses.
A alta de dezembro marca o encerramento de um ano em que os preços de alimentos, combustíveis e serviços tiveram papéis centrais na escalada inflacionária.
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 28 e 29 de janeiro será a primeira sob a liderança de Gabriel Galípolo e deverá considerar esses dados para definir os rumos da taxa básica de juros, a Selic.
‘Vilões’ da Inflação
Três grupos de despesas concentraram os maiores impactos na inflação de 2024:
- Alimentação e Bebidas: alta de 7,69%, contribuindo com 1,63 pontos percentuais para o IPCA anual.
- Saúde e Cuidados Pessoais: crescimento de 6,09%, com impacto de 0,81 p.p..
- Transportes: variação de 3,30%, adicionando 0,69 p.p. ao índice geral.
Juntos, esses grupos representaram cerca de 65% da inflação acumulada no ano, com destaque para itens como gasolina, planos de saúde e refeições fora do domicílio.
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Gasolina e café disparam
O combustível mais usado pelos brasileiros foi o item individual de maior impacto no índice. A gasolina acumulou alta de 9,71%, adicionando 0,48 p.p. ao IPCA do ano.
Outro destaque foi o café moído, que subiu impressionantes 39,60%, tornando-se um dos maiores vilões da inflação de 2024.
Por outro lado, algumas categorias registraram alívio nos preços. Passagens aéreas tiveram queda de 22,20%, ajudando a reduzir o índice em -0,21 p.p..
Itens como tomate (-25,86%) e cebola (-35,31%) também apresentaram reduções significativas, mas seu impacto foi limitado.
Impactos no consumo e expectativas para 2025
📊 Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, destacou que as altas nos alimentos foram influenciadas por condições climáticas adversas, enquanto os combustíveis mantiveram seu peso significativo no índice.
"Assim como em 2023, a gasolina foi a principal responsável pelo aumento do indicador em 2024", afirmou.
Com o descumprimento da meta inflacionária pelo segundo ano consecutivo, o mercado volta suas atenções para o Copom, que enfrentará o dilema de equilibrar crescimento econômico com controle de preços.
A expectativa é de que a política monetária continue desempenhando um papel central em 2025, especialmente diante de pressões externas e incertezas climáticas.
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