Inspirado na DeepSeek, governo brasileiro quer criar modelo próprio de IA

A ministra Luciana Santos disse que DeepSeek mostra que mercados emergentes podem avançar nesse mercado.

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Publicado em 29/01/2025 às 15:44h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 29/01/2025 às 15:44h Atualizado 12 horas atrás por Marina Barbosa
Luciana Santos é a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (Imagem: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)
Luciana Santos é a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil (Imagem: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que o Brasil desenvolva o seu próprio modelo de IA (Inteligência Artificial) e acredita que o avanço da chinesa DeepSeek dá fôlego a este plano.

🗣️ Em entrevista à "CNN", a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que a DeepSeek mostra que países emergentes, como a China e o Brasil, têm condições de competir no mercado de IA, mesmo tendo menos recursos disponíveis para pesquisa e desenvolvimento do que os países ricos.

"A DeepSeek conseguiu, com menos recurso, ter a mesma resposta que ChatGPT e outras. Isso reforça a viabilidade do que planejamos", disse Luciana Santos, reforçando a intenção do governo brasileiro de avançar neste mercado.

A ministra indicou, então, que o Brasil deve "beber da fonte" da DeepSeek para desenvolver seus próprios modelos de IA: "A gente quer desenvolver nossos próprios modelos. Mas é óbvio que a gente bebe na fonte daquilo que é mais avançado, até para ter agilidade no desenvolvimento".

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Brasil investirá R$ 23 bilhões em IA

💲 Para avançar no mercado de IA, o governo já havia lançado no ano passado o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial. O plano prevê o investimento de R$ 23 bilhões no desenvolvimento de modelos avançados de IA entre 2024 e 2028.

Segundo a ministra, o investimento se compara aos realizados na União Europeia e também visa o desenvolvimento de modelos de linguagem em português, algo que ainda não está disponível no mercado.

A DeepSeek, startup chinesa que mexeu com o mercado de IA nos últimos dias, no entanto, é uma empresa privada, sem ligações com o governo chinês.

A startup lançou na semana passada um assistente digital gratuito, similar ao ChatGPT. A nova ferramenta, no entanto, usaria menos dados e seria mais barata do que as lançadas anteriormente. Por isso, provocou uma forte queda das ações das empresas que vinham liderando esse mercado, como a Nvidia (NVDC34), na última segunda-feira (27).