Inédito: Brasil é o primeiro país a autorizar ETF de XRP no mundo

Hashdex deve lançar opção na bolsa nos próximos meses

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Publicado em 19/02/2025 às 10:28h - Atualizado 19 dias atrás Publicado em 19/02/2025 às 10:28h Atualizado 19 dias atrás por Wesley Santana
XRP é fornecida pela Ripple (Imagem: Shutterstock)
XRP é fornecida pela Ripple (Imagem: Shutterstock)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou, nesta terça-feira (18), o primeiro fundo de índice baseado na Criptomoeda XRP. O ETF foi solicitado pela Hashdex, uma das principais gestoras do modelo no país.

🪙 Segundo informações da autarquia, o fundo foi constituído no ano passado e agora já está em fase pré-operacional. A gestora diz que ainda não há data oficial para o lançamento do produto na bolsa de valores.

Com a autorização, o Brasil abre a dianteira mundial, considerando que este mesmo produto está em análise em outros países, como nos Estados Unidos. Além deste, a B3 já conta com ETFs de Bitcoin, Ethereum e Solana, que são as criptos mais negociadas do mundo.

A XRP ocupa hoje a terceira colocação da lista dos tokens com maiores capitalizações do mundo. Segundo o monitor CoinMarketCap, são mais de R$ 858,7 bilhões em valor de mercado, quantia que supera algumas das grandes empresas globais. O protocolo é distribuído pela Ripple em diversas exchanges de criptomoedas.

No fechamento desta reportagem, cada unidade de XRP era negociada por US$ 2,61 no mercado digital. Desde o começo do ano, houve uma variação positiva de quase 25% no preço do ativo, ainda segundo os monitores.

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A criação de um ETF baseado no produto permite que investidores invistam diretamente na cripto pela bolsa de valores. Isso permite não só uma maior entrada de investidores como fornece mais liquidez ao ativo.

“Após a aprovação de um dos primeiros ETFs de Bitcoin em 2021, a aprovação do primeiro ETF de XRP pela CVM demonstra a abordagem visionária do Brasil em relação aos mercados de criptoativos e aos avanços financeiros. Através de regulamentação e consultas públicas, o Brasil continua a se posicionar como um país aberto à inovação, e esperamos que seja central para mais avanços pioneiros no setor de criptoativos no futuro”, disse Silvio Pegado, managing director da Ripple na América Latina, em entrevista ao Portal do Bitcoin.

Visão do JP Morgan

🔎 Para uma das maiores instituições financeiras do mundo, a criação de ETFs de XRP pode atrativo bilhões ao mundo cripto. Os analistas destacam que ocorra um boom como aconteceu com o Bitcoin, mas entendem que a cifra pode chegar a US$ 6 bilhões em investimentos.

“Independentemente de um número exato, achamos que [os ETFs Solana e XRP] corresponderão se não caírem abaixo das expectativas de Ethereum ETP, dado seu status de altcoin e, da mesma forma, que o Bitcoin continua sendo o token de criptografia preferido para negociar e possuir tanto na forma spot quanto na ETP”, escreveram em relatório publicado na semana passada.