Ibovespa sobe forte e dólar recua com melhora do rating do Brasil

O principal índice da B3 fechou com alta de 0,77% e o dólar foi a R$ 5,44.

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Publicado em 02/10/2024 às 17:52h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 02/10/2024 às 17:52h Atualizado 2 dias atrás por Marina Barbosa
Ibovespa fechou no maior patamar em duas semanas (Imagem: Shuterstock)
Ibovespa fechou no maior patamar em duas semanas (Imagem: Shuterstock)

O Ibovespa subiu forte e o dólar caiu nesta quarta-feira (2), embalados pela melhora da nota de risco do Brasil pela Moody's.

🚀 O principal índice da B3 chegou a subir mais de 1,2% e a encostar nos 135 mil pontos na máxima do dia, no início da tarde. Depois disso, perdeu um pouco de força e acabou fechando com uma alta de 0,77%, aos 133.514 pontos.

Já o dólar chegou a tocar nos R$ 5,40 na mínima do dia e acabou fechando a sessão negociado a R$ 5,44, com uma queda de 0,36%.

O pregão abriu com fortes ganhos, na esteira da decisão da Moody's de elevar o rating soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. Com isso, o país ficou a um passo de recuperar o grau de investimento, o selo de bom pagador que facilita a captação de recursos no mercado internacional.

💲 A decisão surpreendeu o mercado e puxou para baixo as taxas futuras de juros desde a noite de terça-feira (1º). A a alta das commodities, que reflete o pacote de estímulo chinês e a guerra no Oriente Médio, também impulsionou os negócios nesta terça-feira (2). A euforia, no entanto, perdeu força ao longo do dia na medida em que o mercado olhava para os detalhes do comunicado da Moody's.

No texto, a agência de classificação de risco diz que a economia brasileira tem surpreendido e deve continuar apresentando um crescimento robusto e destaca a importância das reformas econômicas. Contudo, alerta que a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda é "moderada", reforçando a preocupação do mercado com as contas públicas.

EUA

Nos Estados Unidos, no entanto, o clima foi de cautela, diante da escalada das tensões no Oriente Médio e da greve de operadores portuários que, segundo analistas, pode custar bilhões à economia americana se tiver grandes efeitos nas importações e exportações do país.

Por isso, as bolsas americanas até fecharam no azul, mas com altas bem mais moderadas do que a do Ibovespa. Veja:

  • Dow Jones: 0,09%;
  • S&P 500: 0,01%;
  • Nasdaq: 0,08%.

Altas

O dia foi de altas generalizadas na bolsa brasileira. Mas, no Ibovespa, a maior valorização foi do GPA (PCAR3), que saltou 7,25%.

Destaque ainda para a Azul (AZUL4), que subiu 4,87%, e para a Cyrela (CYRE3), que avançou 4,51%.

Já a Petrobras (PETR4) ganhou 1,38% e a Vale (VALE3) subiu 0,55%, impulsionadas pelo rating brasileiro, mas também pela alta das commodities.

Veja outros ganhos do dia:

Baixas

Nem todas as petroleiras da B3, no entanto, conseguiram aproveitar a alta do petróleo. A Brava Energia (BRAV3), por exemplo, recuou 2,28% e a Prio (PRIO3) perdeu 0,32%.

Destaque também para a Vamos (VAMO3), que afundou 6,66% e liderou as baixas do dia no Ibovespa.

Veja outras quedas do dia: