Ibovespa sobe 3,02% em julho, no melhor mês do ano

Já o dólar avançou 1,18% e terminou o mês negociado a R$ 5,65.

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Publicado em 31/07/2024 às 17:39h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 31/07/2024 às 17:39h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa
Ainda assim, Ibovespa acumula queda de 4,9% em 2024 (Shutterstock)
Ainda assim, Ibovespa acumula queda de 4,9% em 2024 (Shutterstock)

O Ibovespa subiu mais de 1% nesta Super Quarta e, com isso, garantiu uma alta de mais de 3% em julho. O dólar, no entanto, também avançou.

📈 O principal índice da B3 subiu 1,06% nesta quarta-feira (31). Foi o suficiente para apagar as perdas dos últimos dois dias e retomar o patamar dos 127 mil pontos. 

O Ibovespa fechou aos 127.471 pontos e agora tem uma leve alta de 0,12% na semana.

Em julho, o principal índice da B3 subiu 3,02%, impulsionado pela tentativa do governo de manter o arcabouço fiscal e pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos.

Este foi o melhor desempenho mensal do Ibovespa neste ano de 2024. No acumulado do ano, no entanto, o índice ainda amarga uma queda de 4,9%.

Veja a evolução mensal do Ibovespa em 2024:

  • Janeiro: -4,79%;
  • Fevereiro: 0,99%;
  • Março: -0,71%;
  • Abril: -1,70%;
  • Maio: -3,04%;
  • Junho: 1,48%;
  • Julho: 3,02%.

Dólar sobe 1,18% no mês

💵 Já o dólar teve uma valorização de 0,66% nesta quarta-feira (31), interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas. Com isso, terminou o dia negociado a R$ 5,65.

No mês, a moeda subiu 1,18%. Já no acumulado do ano, disparou 16,52%.

Super Quarta

Nesta Super Quarta, o mercado operou de olho nas decisões de juros dos Estados Unidos e do Brasil.

O Fed (Federal Reserve) manteve os juros americanos entre 5,25% e 5,5%, como esperado pelo mercado. Porém, abriu a porta para o aguardado corte de juros

Na avaliação do presidente do Fed, Jerome Powell, a economia americana está se movendo em direção ao ponto em que será apropriado afrouxar a política monetária. Ele admitiu, inclusive, a possibilidade de um corte em setembro, como projeta o mercado. 

O corte dos juros americanos seria positivo para mercados emergentes como o Brasil, já que reduziria a atratividade dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries. Por isso, a decisão do Fed impulsionou os negócios na B3 nesta quarta-feira (31).

Por aqui, a expectativa é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a taxa Selic em 10,50% nesta quarta-feira (31). Mas analistas avaliam que o comitê poderia endurecer o tom sobre o futuro da política monetária diante de riscos como a alta do dólar. O comunicado sai logo mais.

EUA

Nos Estados Unidos, as bolsas também fecharam o dia com ganhos, diante da decisão do Fed. Veja:

  • Dow Jones: 024%;
  • S&P 500: 1,58%;
  • Nasdaq: 2,64%.

Altas

O dia foi de ganhos por todos os lados na B3, mas o destaque é da Weg (WEGE3), que disparou 10,47% depois de apresentar um lucro líquido de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre e anunciar a distribuição de R$ 786,9 milhões em dividendos.

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) também ajudaram o Ibovespa, com ganhos sólidos de mais de 2%. A Vale subiu 2,34% e a Petrobras ganhou 2,07% nesta quarta-feira (31). 

Veja outras altas do dia:

Baixas

Por outro lado, o GPA (PCAR3) caiu 1,12% após o grupo francês Casino indicar que pode vender a sua participação na companhia. 

O maior baque do dia, no entanto, foi da Americanas (AMER3), que despencou 11,29% na esteira do aumento de capital que faz parte do plano de recuperação judicial da empresa.

Veja outras quedas do dia: