Ibovespa quebra novo recorde e ultrapassa os 141 mil pontos pela 1ª vez na história
É a primeira vez que o índice ultrapassa a marca simbólica dos 141 mil pontos, consolidando uma sequência de máximas históricas.

🚨 O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou um novo recorde nesta quinta-feira (3), ao atingir 141.303,55 pontos durante o pregão e encerrar o dia em 140.927,86 pontos, com alta de 1,35%.
É a primeira vez que o índice ultrapassa a marca simbólica dos 141 mil pontos, consolidando uma sequência de máximas históricas que têm impulsionado o mercado.
O resultado supera as máximas anteriores, alcançadas nos dias 27 e 20 de maio de 2025, quando o índice chegou a 140.381,93 e 140.109,63 pontos, respectivamente.
A performance reflete o bom humor do mercado diante de fatores tanto internos quanto externos.
Real se fortalece e XP ajusta projeções para câmbio e Selic
Além do avanço da Bolsa, o câmbio também surpreendeu positivamente. O dólar comercial caiu 0,29%, encerrando o dia cotado a R$ 5,404, no menor nível desde agosto.
O fortalecimento do real acompanha a revisão feita pela XP, que reduziu sua projeção para o dólar ao fim de 2025 de R$ 5,80 para R$ 5,50.
A corretora também antecipou sua estimativa para o início do ciclo de cortes na taxa Selic, projetando agora janeiro de 2026, em vez de abril.
Apesar da queda do dólar e da euforia no mercado de ações, os DIs (juros futuros) registraram alta em toda a curva, refletindo ajustes técnicos e cautela com a política fiscal.
➡️ Leia mais: INSS: Governo traça plano para devolver dinheiro a aposentados; veja os detalhes
Conflito entre poderes não impede otimismo do mercado
O avanço do Ibovespa ocorre mesmo diante das tensões entre os Poderes. O embate entre o Executivo e o Legislativo, especialmente após a derrubada do decreto presidencial que aumentava o IOF, segue em pauta.
O líder do União Brasil, por exemplo, cobrou do presidente Lula uma escolha entre "diálogo ou confronto" com o Congresso.
Mesmo com o ruído político, as expectativas em torno de uma solução para a proposta de isenção do IR até R$ 5 mil e o esforço do governo para manter a agenda econômica em andamento têm ajudado a sustentar o otimismo do mercado.
Payroll dos EUA surpreende e reforça expectativas sobre o Fed
Outro fator que impulsionou o Ibovespa foi o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira.
Os dados vieram acima do esperado, com queda na taxa de desemprego e desaceleração nos salários. A leitura do mercado é que a inflação segue sob controle, o que aumenta as chances de corte de juros pelo Federal Reserve ainda em 2025.
De acordo com Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o ritmo de crescimento dos salários está se aproximando de 3,5% ao ano, considerado saudável pelo Fed.
Isso diminui a pressão sobre os preços e reforça a tese de que cortes na taxa de juros americana podem começar nos próximos meses.
➡️ Leia mais: Prejuízo de R$ 1 bilhão: O ataque hacker que roubou contas ligadas ao Pix
Ganhos generalizados na B3, com destaque para bancos e varejo
Na Bolsa brasileira, os ganhos foram amplos. Menos de dez ações encerraram o dia no vermelho, com destaque negativo para a Vale (VALE3), que caiu 0,47% mesmo sendo a mais negociada da sessão.
A baixa liquidez do dia, provocada pelo feriado da independência nos EUA, influenciou o desempenho da mineradora.
Entre os destaques positivos estiveram os bancos, com fortes altas: Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,47%, Bradesco (BBDC4) ganhou 2,38%, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,41% e Santander (SANB11) teve leve alta de 0,10%. No varejo, Lojas Renner (LREN3) subiu 2,46% e Assaí (ASAI3) 1,69%.
Outros papéis que se destacaram foram Embraer (EMBR3), com valorização de 4,42% após divulgação de prévia operacional positiva, e TIM (TIMS3), que avançou 2,91% após anunciar grupamento e desdobramento de ações.
Perspectivas para os próximos dias
Com o feriado do Independence Day nos EUA na próxima sexta-feira (4), espera-se uma sessão mais tranquila no mercado brasileiro.
No radar dos investidores estará o índice de inflação ao produtor referente ao mês de maio, principal dado macroeconômico do dia.
📈 Apesar disso, o clima positivo atual pode continuar a impulsionar o Ibovespa, que parece determinado a conquistar novos recordes e manter o ritmo acelerado em direção a novos patamares.

21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva

FIIs ressuscitam ganhos, enquanto Bitcoin (BTC) é abatido em fevereiro; veja ranking
Saiba quais classes de investimentos são destaques positivos no mês e quais deram dor de cabeça aos investidores

Ações brasileiras: Qual empresa subiu quase 40% e quem evaporou 55% em abril? Veja os destaques do Ibovespa
Uma varejista surfou o mês embalada por troca em seu conselho de administração e uma companhia área tem perdido bastante valor de mercado

Selic a 15% ao ano: Quanto rende o seu dinheiro em CDB, LCA, LCI, Tesouro Selic?
Embora ainda haja dúvidas se os juros podem permanecer em 14,75% ao ano, o Investidor10 apresenta as projeções para a renda fixa

Luiz Barsi da Faria Lima: Como gestor do Fundo Verde dribla Trump em 2025 com renda fixa?
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos em meio à guerra comercial

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224

Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado