Ibovespa quebra novo recorde e ultrapassa os 141 mil pontos pela 1ª vez na história

É a primeira vez que o índice ultrapassa a marca simbólica dos 141 mil pontos, consolidando uma sequência de máximas históricas.

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Publicado em 03/07/2025 às 17:56h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 03/07/2025 às 17:56h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Silva
O resultado supera as máximas anteriores, alcançadas nos dias 27 e 20 de maio de 2025 (Imagem: Shutterstock)
O resultado supera as máximas anteriores, alcançadas nos dias 27 e 20 de maio de 2025 (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou um novo recorde nesta quinta-feira (3), ao atingir 141.303,55 pontos durante o pregão e encerrar o dia em 140.927,86 pontos, com alta de 1,35%.

É a primeira vez que o índice ultrapassa a marca simbólica dos 141 mil pontos, consolidando uma sequência de máximas históricas que têm impulsionado o mercado.

O resultado supera as máximas anteriores, alcançadas nos dias 27 e 20 de maio de 2025, quando o índice chegou a 140.381,93 e 140.109,63 pontos, respectivamente.

A performance reflete o bom humor do mercado diante de fatores tanto internos quanto externos.

Real se fortalece e XP ajusta projeções para câmbio e Selic

Além do avanço da Bolsa, o câmbio também surpreendeu positivamente. O dólar comercial caiu 0,29%, encerrando o dia cotado a R$ 5,404, no menor nível desde agosto.

O fortalecimento do real acompanha a revisão feita pela XP, que reduziu sua projeção para o dólar ao fim de 2025 de R$ 5,80 para R$ 5,50.

A corretora também antecipou sua estimativa para o início do ciclo de cortes na taxa Selic, projetando agora janeiro de 2026, em vez de abril.

Apesar da queda do dólar e da euforia no mercado de ações, os DIs (juros futuros) registraram alta em toda a curva, refletindo ajustes técnicos e cautela com a política fiscal.

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Conflito entre poderes não impede otimismo do mercado

O avanço do Ibovespa ocorre mesmo diante das tensões entre os Poderes. O embate entre o Executivo e o Legislativo, especialmente após a derrubada do decreto presidencial que aumentava o IOF, segue em pauta.

O líder do União Brasil, por exemplo, cobrou do presidente Lula uma escolha entre "diálogo ou confronto" com o Congresso.

Mesmo com o ruído político, as expectativas em torno de uma solução para a proposta de isenção do IR até R$ 5 mil e o esforço do governo para manter a agenda econômica em andamento têm ajudado a sustentar o otimismo do mercado.

Payroll dos EUA surpreende e reforça expectativas sobre o Fed

Outro fator que impulsionou o Ibovespa foi o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos, divulgado nesta quarta-feira.

Os dados vieram acima do esperado, com queda na taxa de desemprego e desaceleração nos salários. A leitura do mercado é que a inflação segue sob controle, o que aumenta as chances de corte de juros pelo Federal Reserve ainda em 2025.

De acordo com Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o ritmo de crescimento dos salários está se aproximando de 3,5% ao ano, considerado saudável pelo Fed.

Isso diminui a pressão sobre os preços e reforça a tese de que cortes na taxa de juros americana podem começar nos próximos meses.

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Ganhos generalizados na B3, com destaque para bancos e varejo

Na Bolsa brasileira, os ganhos foram amplos. Menos de dez ações encerraram o dia no vermelho, com destaque negativo para a Vale (VALE3), que caiu 0,47% mesmo sendo a mais negociada da sessão.

A baixa liquidez do dia, provocada pelo feriado da independência nos EUA, influenciou o desempenho da mineradora.

Entre os destaques positivos estiveram os bancos, com fortes altas: Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,47%, Bradesco (BBDC4) ganhou 2,38%, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,41% e Santander (SANB11) teve leve alta de 0,10%. No varejo, Lojas Renner (LREN3) subiu 2,46% e Assaí (ASAI3) 1,69%.

Outros papéis que se destacaram foram Embraer (EMBR3), com valorização de 4,42% após divulgação de prévia operacional positiva, e TIM (TIMS3), que avançou 2,91% após anunciar grupamento e desdobramento de ações.

Perspectivas para os próximos dias

Com o feriado do Independence Day nos EUA na próxima sexta-feira (4), espera-se uma sessão mais tranquila no mercado brasileiro.

No radar dos investidores estará o índice de inflação ao produtor referente ao mês de maio, principal dado macroeconômico do dia.

📈 Apesar disso, o clima positivo atual pode continuar a impulsionar o Ibovespa, que parece determinado a conquistar novos recordes e manter o ritmo acelerado em direção a novos patamares.