Ibovespa fecha em queda, com risco fiscal e varejistas

O principal índice da B3 recuou 0,88% nesta sexta-feira (22). Já o dólar subiu 0,39%, a R$ 4,99.

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Publicado em 22/03/2024 às 18:24h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/03/2024 às 18:24h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
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O Ibovespa fechou a semana em queda e o dólar em alta, com o mercado de olho na situação fiscal brasileira e ainda tentando digerir os recados de política monetária da Super Quarta.

📉 O principal índice da B3 recuou 0,88%, aos 127.027 pontos, nesta sexta-feira (22). Contudo, acumulou uma leve alta de 0,23% na semana, graças aos três dias consecutivos de alta registrados antes da decisão de juros do Copom e do Fed.

Esta foi a primeira semana positiva do Ibovespa neste mês de março. O principal índice da B3 caiu cerca de 2% no mês e 5% no ano, até agora.

Já o dólar subiu 0,39% e fechou a sexta-feira (22) cotado a R$ 4,99, pouco abaixo da máxima diária de R$ 5,00. Na semana, a moeda subiu 0,02%. No mês, a alta acumulada é de 0,5% e no ano, de 3%.

Altas

O Ibovespa caiu mesmo com a maior empresa da B3 performando bem: a Petrobras (PETR4) avançou 0,98% nesta sexta-feira (22), a R$ 36,05.

A maior alta do dia no Ibovespa, contudo, foi da Embraer (EMBR3). As ações da fabricante de aeronaves dispararam 7,93%, na esteira da divulgação dos resultados de 2023 e da recomendação de analistas.

Veja outras altas do dia:

Quedas

Do lado das quedas, o destaque fica com as varejistas. A Casas Bahia (BHIA3) despencou 12,93%, pressionada pelas incertezas quanto ao rumo dos juros e pela expectativa pelos resultados do quarto trimestre de 2023, previstos para segunda-feira (25).

Já o Magazine Luiza (MGLU3), recuou 3,52% diante da proposta de um grupamento de ações, na proporção de 10 para 1. O objetivo é reduzir a volatilidade dos papeis, que fecharam cotados a R$ 1,92.

Veja outras quedas do dia:

Fiscal

O mercado operou de olho na situação fiscal brasileira nesta sexta-feira (22). É que o governo federal revisou a sua projeção de resultado primário para 2024 e, agora, projeta um déficit de R$ 9,3 bilhões no ano.

💲 Para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal, a União ainda anunciou o bloqueio de R$ 2,9 bilhões do Orçamento.

Em coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que a meta de entregar um déficit zero neste ano vai depender do desempenho da economia e da aprovação de medidas enviadas ao Congresso Nacional.