Recompras de ações ficaram mais escassas em 2023

Big techs enxugaram programas de recompra em até 1/3, segundo estudo da Janus Henderson.

Author
Publicado em 28/04/2024 às 15:23h - Atualizado 15 dias atrás Publicado em 28/04/2024 às 15:23h Atualizado 15 dias atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
(Shutterstock)

A distribuição de dividendos bateu recorde, mas as recompras de ações diminuíram no mercado mundial em 2023. É o que indica um estudo da consultoria britânica Janus Henderson.

💰 De acordo com o estudo, os dividendos subiram 5%, alcançando US$ 1,66 trilhão em 2023. Já as recompras de ações somaram US$ 1,11 trilhão. A cifra representa uma redução de 14% ou de US$ 181 bilhões em relação ao ano anterior.

A queda nas recompras foi puxada por economias avançadas, sobretudo pelos Estados Unidos, e ainda não foi sentida por países emergentes, como o Brasil, segundo a Janus Henderson.

Leia também: Musk vai à China, de olho nas vendas da Tesla (TSLA34)

📉 O estudo mostra também que os setores de tecnologia, saúde e financeiro foram os que mais enxugaram os programas de recompra nos Estados Unidos. Microsoft (MSTF34) e Meta (M1TA34), por exemplo, fizeram uma redução de 1/3 das recompras e a Apple (AAPL34) fez um corte de 1/7, segundo a Janus Henderson.

De acordo com o chefe de renda variável global da Janus Henderson, Ben Lofthouse, os juros altos contribuíram com a redução das recompras de ações em mercados como o americano. Afinal, isso reduz a verba disponível para recompras nas empresas.

Ainda assim, os Estados Unidos continuam respondendo pela maior fatia do mercado global de recompras. As companhias americanas investiram US$ 773 bilhões em recompras de ações em 2023. A cifra é 17% menor que a de 2022, mas ainda representa cerca de 70% do total global.