Horário da B3 pode mudar? CEO antecipa que sim
Inicialmente, bolsa negocia extensão do funcionamento para derivativos

O pregão da bolsa de valores brasileira hoje funciona no horário comercial. No entanto, isso pode mudar nos próximos meses, conforme antecipou o CEO da B3 (B3SA3), Gilson Finkelsztain.
⏰ Em entrevista ao InfoMoney, o executivo destacou que pode ocorrer uma ampliação do horário do pregão, sobretudo no que se refere às negociações de mercado futuro. Com a chegada das criptomoedas ao mercado de balcão, os ativos baseados em tokens também podem entrar nesta ampliação de horário.
“Estamos trabalhando para isso, conversando com os reguladores e a indústria, para, aos poucos, a gente estender um pouco [o horário de negociação] e talvez abrir mais cedo; começar a fechar um pouco mais tarde”, disse Finkelsztain à reportagem.
As negociações da B3 hoje acontecem das 10h às 17h55 na maioria dos produtos, como no mercado à vista. Há alguns produtos que têm a negociação interrompida antes desta hora.
“Obviamente, há uma preocupação com a boa formação de preço, com a capacidade do investidor atuar. E uma das coisas que a gente vai fazer já é disponibilizar também os nossos produtos aqui brasileiros em plataformas globais”, completou.
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Follow-on e IPO
Durante a entrevista, Gilson também comentou sobre o cenário de abertura de capital e novas listagens de ações na B3. Segundo ele, ainda deve demorar para que novas empresas façam movimentos como esse na bolsa brasileira.
🗣️ “IPOs era um pouco da agenda do início do ano passado. No início de 2024, a gente tinha uma perspectiva de queda de taxa de juros e inflação mais próxima da meta. Mas ao longo de 2024, tivemos uma deterioração grande do cenário de inflação e aí, obviamente, uma reação da política monetária de subir juros. E juros altos combinam pouco com IPO”, projetou.
A fala de Gilson vai no sentido de que, para os investidores, neste momento, é mais vantajoso investir em produtos de renda fixa, que têm pouco risco, do que em ativos variáveis. Na última reunião do Copom, o Banco Central decidiu fixar a Selic em 13,25% ao ano.
“A minha perspectiva é de que quando a gente começar a ver a política monetária fazendo efeito e a gente conseguir ter a inflação mais próxima da meta, a curva de juros deve inverter, sinalizando uma tendência de corte de taxa de juros e nesse momento é justamente onde o mercado pode retomar a sua agenda de IPO”, finalizou.

B3SA3
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