Governo eleva previsão de alta do PIB para 3,2% em 2023
Já para a inflação, o Ministério da Fazenda segue projetando avanço de 4,85% no ano
O Ministério da Fazenda elevou de 2,5% para 3,2% a sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. A perspectiva de inflação, por sua vez, foi mantida em 4,85%. A revisão consta no Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), publicado nesta segunda-feira (18/09).
Segundo a SPE, a previsão de que a economia brasileira cresça 3,2% em 2023 se deve principalmente ao resultado do PIB no segundo trimestre. O indicador subiu 0,9% no período, acima das expectativas do governo e do mercado.
Além disso, contribuíram com a revisão para cima da perspectiva de crescimento econômico o aumento na safra projetada para este ano, o andamento da economia no terceiro trimestre e a perspectiva de recuperação da economia chinesa no fim do ano.
PIB
O governo elevou as projeções de crescimento para todos os setores da economia brasileira em 2023. Veja as revisões:
- Agropecuária: de 13,2% para 14,0%;
- Indústria: de 0,8% para 1,5%;
- Serviços: 1,7% para 2,5%.
O Boletim Macrofiscal da SPE diz que “o crescimento em 2023 se deve, majoritariamente, ao desempenho do setor agropecuário, mas também é decorrente dos programas de transferência de renda, de inclusão social, de apoio à renegociação de dívidas e de estímulo ao investimento produtivo que vêm sendo implementadas desde o início do ano”.
“Com esses resultados, o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2023 deve superar o observado em 2022, apesar da política monetária contracionista e do alto comprometimento de renda das famílias com pagamento de dívidas”, segue o documento.
Inflação
A SPE, por outro lado, manteve em 4,85% a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023. “O reajuste nos preços de combustíveis na refinaria e seus impactos na inflação vem sendo compensados pela evolução benigna observada para os preços de alimentação no domicílio e serviços subjacentes”, explica o Boletim Macrofiscal.
A projeção do governo está levemente acima da meta de inflação deste ano. A meta é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima, isto é, de 1,75% para 3,75%. A meta passa a ser de 3% a partir de 2024.
2024
Já para 2024, a Secretaria de Política Econômica manteve a perspectiva de crescimento do PIB em 2,3% e elevou a projeção de inflação de 3,30% para 3,40%. A pasta disse que o aumento da projeção para o IPCA “reflete ajustes marginais decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e de preços de commodities”.
O Boletim Macrofiscal ainda traz as projeções do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias de baixa renda e serve de referência para o reajuste do salário mínimo. A expectativa é de que o INPC suba 4,36% em 2023 e 3,21% em 2024.
Sobre o PIB de 2024, a SPE disse que as perspectivas são menos promissoras para o setor agropecuário, por causa de preços menos atrativos de commodities agrícolas, a repercussão da supersafra e a previsão de anomalias climáticas. Por outro lado, a secretaria acredita que a indústria e o setor de serviços devem ser beneficiados por medicas como a flexibilização das condições monetárias, as políticas de renegociação de dívidas e de transferência de renda, os programas de incentivo ao investimento.
Para os anos seguintes a 2025, o Ministério da Fazenda espera que o PIB fique próximo a 2,5% e que a inflação chegue a 3%, convergindo para o centro da meta.
Governo x Mercado
O governo está mais otimista do que o mercado no que diz respeito ao crescimento da economia brasileira. Enquanto a projeção governamental projeta altas de 3,2% em 2023 e 2,3% em 2024, o mercado estima que o PIB avance 2,89% neste ano e 1,50% no ano que vem.
As projeções para a inflação oficial brasileira, por outro lado, estão menos divergentes. Para 2023, o governo projeta um IPCA de 4,85% e o mercado, de 4,86%, segundo o último Boletim Focus, divulgado também nesta segunda-feira (18/09). Já para 2024, a projeção do governo está em 3,40% e a do mercado em 3,86%.
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse, por sua vez, que as projeções do mercado captadas pelo Boletim Focus vêm se aproximando das projeções governamentais.
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