Gigante em crise: Funko fala em falência após queda nas vendas e dívida milionária
Conhecida pelos famosos bonecos colecionáveis, empresa diz ter dúvidas sobre a capacidade de continuar operando.
Quem já foi colecionador de bonecos provavelmente deve conhecer a empresa que está à beira da falência. Os produtos da Funko, que já estamparam paredes de casas e comércios de pessoas apaixonadas por essa cultura, podem parar de ser fabricados em menos de um ano.
Isso porque a empresa, fundada em 1998, pode estar com seus dias contados, conforme destacou uma nota divulgada nesta semana. A administração informou que há dúvidas sobre a capacidade de a companhia continuar operando no mercado global no próximo ano.
“Há dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa de continuar em funcionamento nos próximos doze meses a partir da data de emissão dessas demonstrações financeiras", diz o documento. "Podemos ter que reduzir ou interromper algumas ou todas as nossas operações para reduzir custos ou aproveitar a proteção contra falência", continua.
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A informação é divulgada apenas alguns dias antes de a empresa publicar seu balanço trimestral, no qual deve detalhar os números financeiros do terceiro trimestre do ano. No entanto, já antecipou que existe um problema de liquidez e que as tarifas anunciadas por Donald Trump impactam seus resultados.
"Em conexão com a preparação das demonstrações financeiras consolidadas não auditadas para o trimestre encerrado em 30 de setembro de 2025, a administração avaliou a liquidez futura da empresa, as previsões dos efeitos esperados das tarifas anunciadas e outros fatos e condições, bem como sua capacidade de cumprir as cláusulas do contrato de crédito”, informou em documento à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos).
A empresa também antecipou que as vendas apresentaram queda de até 14% no trimestre e que sua dívida acelerou para US$ 241 milhões. Paira no horizonte, ainda, a possibilidade de que seus credores comecem a executar garantias de dívidas para assegurar o pagamento antes de um eventual pedido de recuperação judicial ou falência.
"Nosso Conselho de Administração iniciou um processo formal de revisão para avaliar as alternativas estratégicas da empresa, incluindo uma possível venda", acrescentou a companhia, que destacou que não há um prazo exato para esse processo de revisão.
Recorde de vendas não é capaz de ajudar
A notícia chega poucos meses depois de a Funko informar seu número recorde de vendas de 1 bilhão de bonecos. No entanto, mesmo alcançando esse patamar em número absoluto pela primeira vez na história, a companhia tem visto uma diminuição no ritmo e na procura por seus produtos.
A empresa afirmou que a mudança nos hábitos de consumo da população, sobretudo a norte-americana, tem pressionado as vendas dos itens. Disse também que a baixa está ligada à competição com o streaming, que virou o centro de consumo de seus principais clientes.
"Vimos que, à medida que nos afastamos das grandes franquias de filmes, os gostos dos consumidores estão cada vez mais focados em streaming e outras mídias digitais — conteúdo que não é produzido pelos grandes estúdios de cinema", alerta a Funko. "Se essas tendências continuarem, ou se deixarmos de licenciar conteúdo que atraia os consumidores, nossos resultados operacionais podem ser impactados negativamente”.
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