Embraer (EMBR3) contrata consultoria e busca novo mercado nos EUA; confira

Entre as possíveis estratégias para se estabelecer nos EUA, a Embraer está considerando fusões e aquisições.

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Publicado em 30/08/2024 às 14:42h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 30/08/2024 às 14:42h Atualizado 2 meses atrás por Matheus Rodrigues
A iniciativa faz parte de um plano maior da Embraer para expandir sua presença internacional (Imagem: Shutterstock)
A iniciativa faz parte de um plano maior da Embraer para expandir sua presença internacional (Imagem: Shutterstock)

✈️ A Embraer (EMBR3) está intensificando seus esforços para conquistar o mercado de equipamentos militares dos Estados Unidos, um dos mais competitivos e lucrativos do mundo.

A fabricante brasileira de aeronaves contratou a consultoria global Oliver Wyman para auxiliá-la na elaboração de uma estratégia robusta de penetração no mercado norte-americano, com foco na venda de seu cargueiro militar, o C-390.

Essa iniciativa faz parte de um plano maior da Embraer para expandir sua presença internacional e competir diretamente com modelos como o C-130 Hercules, da Lockheed Martin.

Nova parceria e estratégia de expansão

Bosco da Costa Jr., presidente-executivo da divisão de produtos militares da Embraer, revelou que a parceria com a Oliver Wyman começou há cerca de um mês.

A consultoria foi selecionada após um rigoroso processo de avaliação que considerou a expertise da empresa no setor de defesa.

"Estamos totalmente engajados na construção de uma estratégia para acessar o mercado norte-americano com nosso portfólio de produtos", destacou Costa.

A expansão no mercado dos Estados Unidos é vista como um passo estratégico crucial para a Embraer, especialmente para sua divisão de defesa.

A empresa já possui uma presença significativa nos EUA, operando o avião de ataque leve Super Tucano e mantendo uma linha de produção para esse modelo em Jacksonville, na Flórida.

No entanto, a entrada do C-390 no mercado norte-americano poderia representar um marco importante, ampliando significativamente a participação da Embraer no setor de defesa global.

Fusões e aquisições podem ser entradas

Entre as possíveis estratégias para se estabelecer nos EUA, a Embraer está considerando fusões e aquisições. Costa mencionou que essa abordagem já foi apresentada pela Oliver Wyman como uma via potencial para o acesso ao mercado.

"Estamos avaliando todas as possibilidades, inclusive fusões e aquisições, que têm sido um caminho comum para diversas indústrias penetrarem nos Estados Unidos", explicou o executivo.

🔴 Leia mais: Embraer (EMBR3) fecha acordo com Uruguai para venda de seis aviões Super Tucano

Oportunidades para o C-390

O C-390 Millennium, que já foi adquirido por diversas nações da OTAN, como Holanda, Portugal, Hungria, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul, é visto pela Embraer como uma adição estratégica à frota americana.

Costa acredita que há espaço para uma combinação de aeronaves-tanque estratégicas maiores e aviões de reabastecimento tático menores, como o C-390, dentro das Forças Armadas dos EUA.

Ele ressaltou que o modelo já incorpora componentes norte-americanos suficientes para atender às exigências do mercado local, o que pode facilitar sua aceitação pelas autoridades dos EUA.

A Embraer enfrenta o desafio de convencer o mercado norte-americano, tradicionalmente dominado por gigantes como a Lockheed Martin e a Boeing, a adotar uma nova opção de transporte militar.

No entanto, com o suporte estratégico da Oliver Wyman e um portfólio de produtos já testado em operações internacionais, a Embraer acredita que pode se posicionar como um competidor relevante e inovador.

💲 Segundo Costa, “não há espaço para qualquer empresa de defesa no mundo que não esteja presente nos Estados Unidos.”

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