Dono da JBS (JBSS32) viajou à Venezuela para pedir renúncia de Maduro

Visita ocorreu após telefonema entre Venezuela e EUA e teria apoio indireto da Casa Branca.

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Publicado em 04/12/2025 às 12:44h - Atualizado Agora Publicado em 04/12/2025 às 12:44h Atualizado Agora por Wesley Santana
Joesley já foi preso ao menos duas vezes por ligações com corrupção (Imagem: Senado Federal)
Joesley já foi preso ao menos duas vezes por ligações com corrupção (Imagem: Senado Federal)

Enquanto o mundo político se movimenta para entender as relações entre Venezuela e Estados Unidos, o mundo corporativo já mexe seus pauzinhos. Segundo agências de notícias, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria viajado ao país vizinho para conversar com Nicolás Maduro.

A visita do bilionário teria sido para pedir ao presidente que renuncie ao cargo, do qual não é reconhecido pelos EUA. O desembarque de Batista teria ocorrido em 23 de novembro, em Caracas, logo depois de um telefonema entre Maduro e o presidente dos EUA, Donald Trump.

Fontes da agência Bloomberg destacam que a equipe da Casa Branca sabia da visita de Batista e que ele estaria indo ao local para "reforçar a mensagem do presidente americano". No entanto, a visita foi organizada por iniciativa própria do empresário, que controla marcas como Friboi, Swift, Vigor, entre outras.

Por meio de nota, a companhia se limitou a dizer que "Joesley não é representante de nenhum governo". A Casa Branca também não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.

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É importante destacar que, em setembro, Joesley foi recebido por Trump na Casa Branca, quando eles discutiram o tarifaço aplicado pelos EUA contra o Brasil. Ele teria usado sua influência política no país para pedir que o governo norte-americano retirasse o tarifa adicional de 40% sobre produtos exportados pelo Brasil.

Para além do mundo dos negócios, a família Batista é bastante conhecida no Brasil, dada sua extensa ficha criminal. O próprio Joesley foi preso ao menos duas vezes em situações diferentes, em investigações sobre esquemas de corrupção.

O caso mais emblemático aconteceu em 2017, quando ele foi detido no âmbito da Operação Lava Jato, que investigava esquemas de lavagem de dinheiro e de propinas. Em 17 de maio, surgiram áudios do executivo enviados ao então presidente Michel Temer, que teria dado aval para a compra de silêncio de autoridades.

Até hoje, este dia é considerado tão fatídico que ficou conhecido como Joesley Day, dada a repercussão que provocou nos mercados. Esse foi um dos piores dias da bolsa de valores na história recente, atrás apenas do começo da pandemia de coronavírus.

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