Dólar bate recorde histórico e ultrapassa R$ 6

A valorização chega após o anúncio do pacote de medidas de ajuste fiscal do governo.

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Publicado em 28/11/2024 às 12:17h - Atualizado Agora Publicado em 28/11/2024 às 12:17h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
Na última quarta-feira (27), a moeda fechou em R$ 5,91 (Imagem: Shutterstock)
Na última quarta-feira (27), a moeda fechou em R$ 5,91 (Imagem: Shutterstock)

O dólar à vista atingiu um novo recorde histórico nesta quinta-feira (28), ultrapassando a barreira dos R$ 6,00 pela primeira vez desde a implementação do Plano Real em 1994.

💲 Essa valorização acentuada foi desencadeada pela reação negativa do mercado ao anúncio do governo de um pacote de medidas de ajuste fiscal, que incluiu uma reforma do Imposto de Renda.

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Às 11h30 (horário de Brasília), a cotação do dólar à vista registrava alta de 1,33%, sendo negociado a R$ 5,9930 na venda. A divisa norte-americana, no entanto, atingiu o pico de R$ 6,0004 durante a sessão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento mais próximo avançava 0,50%, cotado a R$ 5,989 na venda.

Na última quarta-feira (27), antecipando o anúncio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, a cotação do dólar à vista encerrou o dia em um novo recorde histórico, com valorização de 1,80%, atingindo R$ 5,9141.

Um pouco sobre as medidas

Após o fechamento do mercado na quarta-feira (27), Haddad anunciou um pacote de contenção de gastos com impacto de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. Dentre as principais medidas propostas para a contenção de gastos, destacam-se a redução gradual do abono salarial e a instituição de um teto para reajustes do salário mínimo.

💰 Além disso, o governo também propõe o encerramento de brechas que permitem o pagamento de supersalários no serviço público e a reforma da previdência dos militares.

O pacote de medidas ainda prevê a restrição na concessão de benefícios fiscais enquanto o governo apresentar déficit orçamentário, bem como a imposição de um teto para o crescimento das emendas parlamentares.

Além disso, o governo também irá elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para aqueles que percebem até R$ 5 mil por mês, compensando essa medida com a instituição de uma alíquota efetiva de 10% para rendimentos superiores a R$ 50 mil por mês.