Depois de turbulência, Azul e Gol voltam a discutir fusão

Empresas esperam chegar a um acordo ainda em 2024

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Publicado em 11/10/2024 às 12:31h - Atualizado 4 dias atrás Publicado em 11/10/2024 às 12:31h Atualizado 4 dias atrás por Wesley Santana
Gol e Azul são duas das maiores companhias aéreas do Brasil (Imagem: Shutterstock)
Gol e Azul são duas das maiores companhias aéreas do Brasil (Imagem: Shutterstock)

✈ Passados os problemas de dívidas envolvendo a Azul (AZUL4), a empresa teria voltado a discutir uma possível aquisição da Gol (GOLL4). A informação foi revelada pelo jornal Valor Econômico, que destacou, segundo fontes, que o objetivo das duas companhias é anunciar uma fusão dos negócios.

O negócio entre as duas companhias aérea começou a ser debatido, depois que a Gol entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos, no começo do ano. Ganhou ainda mais força, no meio do ano, quando as empresas anunciaram uma parceria para o compartilhamento de rotas.

No entanto, no mês passado, teria saído da mesa de debates, quando foi revelado que a Azul estava com problemas para pagar suas dívidas. Na semana passada, porém, a companhia chegou a um acordo com quase todos os seus credores para trocar as dívidas por ações a serem emitidas.

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Fontes ouvidas pela reportagem disseram que a fusão das empresas está no radar dos conselhos de administração com vista de sair dos papeis ainda neste ano. A conclusão deve ficar para o ano que vem por causa de questões regulatórias, como aprovação do órgão de concorrência Cade.

Segundo entrevista dado ao Portal PanRotas, a expectativa da Gol é deixar o Chapter 11 no começo do próximo ano. O plano de recuperação da companhia deve ser publicado nas próximas semanas, conforme destacou o CEO, Celso Ferrer.

“Com o operacional garantido, agora estamos focando em financiar essa saída. O plano de recuperação deve estar pronto no quarto trimestre deste ano e a previsão é sairmos do Chapter 11 no começo de 2025”, pontuou ele.

Procuradas, Azul e Gol não se manifestaram sobre a fusão até a publicação desta reportagem. Atualmente, o valor de mercado das empresas é de R$ 1,9 bilhões e R$ 458 milhões, respectivamente.