Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial e leva proposta à Justiça
O plano já foi apresentado nos autos do processo de recuperação judicial do Grupo Ambipar.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entrou com um pedido na Justiça para ter acesso aos dados financeiros da Ambipar (AMBP3). Nesta sexta-feira (7), o órgão que regula o mercado de capitais no país afirmou que não recebeu todos os documentos relativos ao pedido de recuperação judicial da companhia de saneamento.
Entre os papéis não recebidos estão as demonstrações contábeis que a Ambipar apresentou à Justiça para justificar o processo de RJ. Também não foram apresentados contratos com bancos e credores, além da lista de funcionários da empresa.
“Especificamente no caso da Ambipar, a obtenção e análise deste documento pelo regulador assume especial relevância diante do fato de que as últimas demonstrações contábeis intermediárias apresentadas à CVM e aos investidores, relativas ao período findo em 30/06/2025, apresentam um quadro com elevado caixa consolidado (cerca de R$ 4,7 bilhões)", diz o pedido da CVM.
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"Este quadro destoa do contexto de uma companhia que, apenas quatro meses depois, ingressa com pedido de recuperação judicial, cujo pressuposto maior é a situação de crise econômico-financeira do devedor”, continua a autarquia.
A entidade ainda levantou dúvidas sobre se o material não foi apresentado apenas a ela ou também aos juízes que aprovaram o pedido de RJ. Diante disso, pediu que todos os documentos enviados ao juízo sejam compartilhados, já que não se aplica um eventual sigilo de informações por se tratar de uma companhia de capital aberto.
Se tudo ocorrer dentro do previsto, a Ambipar deve apresentar seu balanço do terceiro trimestre na próxima quinta-feira (13). No entanto, parte do mercado já trabalha com a hipótese de que a publicação seja adiada para uma data futura, como fazem diversas empresas que estão na mesma situação.
Nesta sexta, as ações da companhia operam com baixa de 10% na bolsa de valores, a R$ 0,26, conforme dados da B3. O valor de mercado da companhia soma apenas R$ 450 milhões, bem distante dos R$ 43 bilhões que a empresa ostentava no fim do ano passado.
O plano já foi apresentado nos autos do processo de recuperação judicial do Grupo Ambipar.
Entre os nomes citados estão Nelson Tanure, Tércio Borlenghi, o Banco Master, e fundos ligados à gestora Trustee DTVM.
Agência descontinuou ratings, após o pedido de recuperação judicial da empresa.
A empresa também respondeu a um segundo ofício da B3 referente ao plano de reestruturação.
A Ambipar havia solicitado o depósito como garantia de contratos de derivativos firmados com o banco alemão.
A decisão decorre dos impactos diretos do processo judicial em curso sobre os trabalhos de revisão e auditoria das demonstrações financeiras.
A Justiça negou o mandado do Santander contra Ambipar, enquanto credores acusam empresa de “forum shopping” ao escolher sede no Rio para RJ.
Decisão suspende execuções contra a empresa e dá 60 dias para apresentação do plano de recuperação; ações sobem 15% no dia.
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