Cury (CURY3) faz oferta de ações para pagar dividendos, entenda

Companhia pretende pagar até R$ 573 milhões em dividendos até o final de 2025.

Publicado em 04/12/2025 às 11:32h - Atualizado Agora Publicado em 04/12/2025 às 11:32h Atualizado Agora por Marina Barbosa

Cury é mais uma empresa que tenta se antecipar à taxação dos dividendos (Imagem: Shutterstock)

A Cury (CURY3) vai fazer uma oferta de ações para levantar recursos e, assim, poder distribuir dividendos ainda em 2025.

📈 O pedido de registro da oferta foi apresentado nesta quinta-feira (4) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e prevê a emissão de até 16,172 milhões de ações ordinárias.

Não há a previsão de lotes adicionais de ações. Mas isto já é o suficiente para a Cury levantar R$ 600 milhões, caso as ações sejam cotadas de acordo com o fechamento do último pregão -o papel fechou cotado a R$ 37,10 na quarta-feira (3).

A construtora ressaltou que o preço por ação da oferta será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, a ser realizado com investidores profissionais no Brasil e no exterior.

A oferta será destinada a investidores profissionais e estrangeiros, mas os atuais acionistas terão prioridade na subscrição das ações.

O objetivo da Cury é concluir o processo de bookbuilding e definir o preço em uma semana (até 11 de dezembro), para que as ações já comecem a ser negociadas na B3 no dia 15 de dezembro e a companhia possa distribuir dividendos até 31 de dezembro.

Dividendos

💰 A Cury pretende usar os recursos levantados na oferta de ações para pagar até R$ 573 milhões em dividendos intermediários e intercalares.

O valor final dos proventos será definido após a fixação do preço das novas ações, considerando também as reservas de lucros e o lucro líquido apurado nos últimos meses.

Contudo, a Cury já avisou que a data de corte do provento será no dia de encerramento da liquidação da oferta, previsto para 16 de dezembro.

O objetivo da companhia é distribuir o provento ainda em 2025. Afinal, os dividendos voltarão a ser taxados em 2026, sempre que passarem dos R$ 50 mil por mês por pessoa.

A oferta ressalta, contudo, que a distribuição dos dividendos depende da aprovação do seu Conselho de Administração.

Por isso, "pode não ocorrer, total ou parcialmente, nos termos ou prazos divulgados nos documentos da Oferta, o que pode frustrar as expectativas de determinados investidores e afetar adversamente o retorno do investimento".

Caso a companhia decida não seguir adiante com o provento ou levante mais de R$ 573 milhões na oferta, os recursos excedentes serão usados na gestão ordinária dos seus negócios.