CrowdStrike (C2RW34): De um dos BDRs mais rentáveis, a tombo de 25% no mês

Empresa foi apontada como a responsável pelo apagão cibernético que afetou a Microsoft (MSFT34) há um mês.

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Publicado em 19/08/2024 às 07:24h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/08/2024 às 07:24h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
CrowdStrike perdeu cerca de US$ 20 bilhões em valor de mercado em 1 mês (Shutterstock)
CrowdStrike perdeu cerca de US$ 20 bilhões em valor de mercado em 1 mês (Shutterstock)

A CrowdStrike (C2RW34) tinha um dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) mais rentáveis da B3 até pouco tempo atrás. Porém, amargou um tombo de 25% nos últimos 30 dias, desde que se viu envolvida no apagão cibernético que afetou a operação de aeroportos, bancos e comunicações em diversos locais do mundo.

💻 A CrowdStrike oferece soluções de segurança digital que prometem não apenas combater, mas se antecipar e evitar possíveis ataques cibernéticos. Por isso, atende companhias como Microsoft (MSFT34), Intel (ITLC34), Salesforce (SSFO34) e Ericsson (E1RI34), além de 43 dos 50 estados dos Estados Unidos, e vinha em alta na bolsa de valores até um mês atrás.

Segundo dados da B3, a CrowdStrike tinha o quinto BDR mais rentável da bolsa brasileira em junho. Isso porque o papel acumulava uma valorização de 203,5% nos 12 meses encerrados em junho. A alta só não era maior que a MicroStrategy (M2ST34), Coinbase Global (C2OI34), Nvidia (NVDC34) e The Gap (GPSI34).

Em 19 de julho, no entanto, a companhia foi apontada como a responsável pelo apagão cibernético que deixou boa parte do mundo desconectada. Isso porque um problema com a atualização de um dos principais softwares da CrowdStrike, o Falcon, derrubou 8,5 milhões de dispositivos Windows mundo afora.

Perda de US$ 20 bilhões em valor de mercado

📉 O problema fez com que a empresa tombasse 11,1% na bolsa e perdesse cerca de US$ 9 bilhões em valor de mercado em apenas um dia e continua pressionando os papeis da CrowdStrike. Atualmente, a companhia é avaliada em cerca de US$ 63,8 bilhões, isto é, cerca de US$ 20 bilhões a menos do que o patamar alcançado antes do apagão.

Na B3, por exemplo, o BDR da Crowdstrike tombou 25% desde o apagão, um mês atrás. Por isso, o papel agora acumula uma valorização de 85% em 12 meses e deixou a lista dos 10 BDRs mais rentáveis da bolsa brasileira.

Leia também: CrowdStrike (C2RW34): Conheça a empresa por trás do apagão global

Em comunicado publicado em 6 de agosto, quando a companhia encerrou a análise das causas do incidente, o CEO e fundador da CrowdStrike, George Kurtz, disse que usaria as lições aprendidas com o apagão para melhor atender os clientes.

"Já tomamos medidas decisivas para ajudar a evitar que esta situação se repita e para ajudar a garantir que nós —e você— nos tornemos ainda mais resilientes", afirmou.

E seguiu: "Nada é mais importante do que reconquistar sua confiança. Desde a nossa fundação, sempre colocamos a proteção do cliente em primeiro plano".

À época, a CrowdStrike afirmou que o problema que levou ao apagão já havia sido reparado em 99% dos dispositivos Windows afetados. Kurtz lamentou profundamente o ocorrido e garantiu que não descansaria até que todos os sistemas estivessem restabelecidos.

Veja os 5 BDRs que mais renderam nos 12 meses encerrados em julho, segundo a B3: