Crise no Irã eleva tensão, mas Petrobras (PETR4) segura reajustes; veja
Fontes da estatal indicaram que, no momento, não há planos para reajustar os preços da gasolina e do diesel.

🚨 A Petrobras (PETR4) está em estado de observação diante da recente escalada do conflito entre Israel, Irã e Estados Unidos.
Apesar da volatilidade no mercado internacional de petróleo, fontes da estatal indicam que, no momento, não há planos para reajustar os preços da gasolina e do diesel.
A decisão reflete uma estratégia de cautela frente à instabilidade geopolítica e à oscilação do Brent, que tem impactado as cotações globais da commodity.
Segundo fontes da Petrobras ouvidas sob anonimato pela Reuters, a companhia está monitorando atentamente os efeitos do conflito sobre o preço do Brent — principal referência global do petróleo — e sua possível estabilização acima dos US$ 80 por barril.
Nesta segunda-feira (23), o Brent chegou a atingir US$ 81,40, máxima de cinco meses, mas fechou em forte queda, a US$ 71,48, após o Irã realizar um ataque considerado “esperado” pelos EUA e não interromper o fornecimento no estratégico Estreito de Ormuz.
Uma das fontes destacou que, graças à nova política de preços da estatal, que busca reduzir a volatilidade das tarifas para o consumidor, a empresa não vê necessidade de reagir imediatamente a oscilações de curto prazo.
“Se o Brent subir e ficar na faixa de US$ 80 por um período mais longo, aí sim poderemos ter que ajustar os preços. Por ora, não há esse patamar estabelecido”, afirmou.
Outro ponto considerado pela Petrobras é o nível de competitividade frente ao mercado internacional.
Mesmo com o avanço recente dos preços do petróleo, os combustíveis da estatal seguem mais baratos que os importados — o que mantém a empresa em uma posição confortável, sem necessidade imediata de repassar aumentos ao consumidor.
Defasagem e competitividade
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e os valores internacionais chegou a quase 20% no diesel e a 9% na gasolina.
Apesar disso, analistas apontam que os derivados da estatal se tornaram mais atrativos recentemente.
➡️ Leia mais: Dividendos do Banco do Brasil (BBAS3) sobem no telhado: Mercado revê projeções
Amance Boutin, gerente de desenvolvimento de negócios da agência Argus, afirma que as tensões no Oriente Médio elevaram os preços das cargas de diesel importado, tornando o produto da Petrobras mais competitivo.
Segundo ele, o diesel russo destinado a portos do Norte e Nordeste subiu R$ 0,50/litro entre os dias 10 e 20 de junho, atingindo R$ 3,59/litro, enquanto o diesel da Petrobras no mesmo local era vendido a R$ 3,17/litro.
Além disso, não há risco de desabastecimento no curto prazo, uma vez que os terminais marítimos do Brasil seguem com volumes elevados.
Parte do consumo nacional de diesel ainda é suprido por importações, o que torna a política de preços da Petrobras uma ferramenta importante de controle de mercado e concorrência.
Cortes recentes e cenário de cautela
📊 Antes do aumento das tensões no Oriente Médio, a Petrobras havia reduzido os preços da gasolina em 5,6% no início de junho — o primeiro corte desde outubro de 2023.
O movimento foi feito quando o petróleo Brent estava próximo dos US$ 65 o barril, bem abaixo do pico do ano. O diesel já havia passado por três cortes em 2025.
O cenário agora é outro: os conflitos no Oriente Médio adicionam um fator de imprevisibilidade, mas a Petrobras parece confortável com sua atual política de preços, baseada em menor exposição à volatilidade e alinhamento estratégico com o mercado doméstico.

PETR4
PetrobrásR$ 32,00
1,44 %
9,70 %
17.4%
8,57
1,04

Petrobras (PETR4) pode ajudar a lidar com alta do petróleo, diz nº 2 de Haddad
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.

Petrobras (PETR4) paga dividendos adicionais nesta 6ª; veja quem recebe
Conforme anunciado em 16 de abril, estatal pagará R$ 0,3718 por ação em dividendos.

Petrobras (PETR4) fará “muito esforço” para pagar dividendos extras, diz CEO
A executiva destacou que a decisão dependerá do comportamento dos preços do petróleo nos próximos meses.

Ibovespa cai e petróleo dispara com plano de Trump na guerra Israel-Irã
Investidores voltaram a evitar ativos de risco com a escalada conflito no Oriente Médio; entenda.

Petrobras (PETR4) investe R$ 4,9 bi para dobrar capacidade da refinaria em Pernambuco
A estatal pretende dobrar a capacidade de refino da RNEST, passando dos atuais 130 mil para 260 mil barris por dia.

Preço do petróleo cai 4%, e Petrobras (PETR3) sobe 1%
Ações ordinárias e preferenciais da estatal entregam resultados diferentes aos investidores, conforme dados da B3.

Como a guerra entre Irã e Israel pode agitar as petroleiras da B3; entenda
Na manhã desta sexta-feira (13), o barril do petróleo tipo Brent chegou a ser negociado com alta de até 7,6%, cotado a US$ 74,66.

Petrobras (PETR4) atualiza valor por ação dos dividendos, veja
Cabe destacar que este pagamento considera a data de 16/04/2025 como data base da posição acionária.