Copel (CPLE3) vai pagar R$ 1,35 bilhão em dividendos; veja como garantir

A Copel (CPLE3) aprovou na quarta-feira (10) a distribuição de R$ 1,35 bilhão em dividendos. É o equivalente a R$ 0,4546 por ação.

📅 Para ter direito ao provento, é preciso ser acionista da Copel no próximo dia 30 de dezembro. As ações da elétrica serão negociadas na condição de ex-dividendos a partir de 2 de janeiro de 2026.

Já o pagamento será realizado até 30 de junho de 2026, em data a ser definida na Assembleia Geral Ordinária que vai analisar as contas deste ano da empresa, em 23 de abril.

O dividendo bilionário foi aprovado com base nos saldos mantidos na reserva de lucros da empresa. A Copel é, portanto, mais uma empresa que antecipa proventos para escapar da taxação de dividendos.

Os dividendos que superarem os R$ 50 mil por mês estarão sujeitos a uma alíquota de 10% de IR (Imposto de Renda) a partir de 2026. Contudo, os dividendos declarados até o final de 2025 ficarão livres do imposto, mesmo se forem pagos até 2028.

Também tem JCP a caminho

💰 A Copel já havia aprovado o pagamento de R$ 1,1 bilhão em JCP (Juros sobre o Capital Próprio) em 18 de novembro, com base no lucro registrado no primeiro semestre deste ano.

O provento corresponde a um valor bruto de R$ 0,3704 por ação e será pago em 19 de janeiro de 2026, mas a data de corte também é em 30 de dezembro de 2025.

Quem for acionista da Copel no último pregão deste ano, portanto, vai os dividendos anunciados nessa quarta-feira (10) e também os JCP declarados em novembro. Isto é, o equivalente a um valor combinado de aproximadamente R$ 0,82 por ação, brutos. Vale lembrar, no entanto, que o pagamento de JCP está sujeito à retenção de 15% de IR.

Valor por ação

📈 O valor por ação dos dividendos já leva em conta a nova estrutura acionária da Copel, que está convertendo as suas ações preferenciais em ações ordinárias para se adequar às regras do Novo Mercado da B3.

A conversão deve ser realizada ao final do pregão do próximo dia 19 de dezembro. Dessa forma, a companhia passará a ter apenas ações ordinárias em negociação a partir de 22 de dezembro.

A medida é necessária para garantir a entrada da empresa no segmento de maior nível de governança na B3, já que o Novo Mercado só admite empresas que emitem exclusivamente ações ordinárias, com direito a voto.

Os acionistas que não concordarem com a migração, por sua vez, podem exercer o direito de recesso e pedir o reembolso por suas ações preferenciais até 18 de dezembro.

O exercício do direito de recesso, contudo, pode alterar o valor por ação dos últimos dividendos anunciados pela empresa. Qualquer ajuste será comunicado pela Copel.