Como a Moody's avalia o setor de energia no Brasil?

O Brasil está entre os melhores da América Latina no setor de energia, segundo a agência.

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Publicado em 28/11/2024 às 08:35h - Atualizado Agora Publicado em 28/11/2024 às 08:35h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
A declaração foi feita em apresentação para Aneel (Imagem: Shutterstock)
A declaração foi feita em apresentação para Aneel (Imagem: Shutterstock)

A Moody's, agência global de classificação de risco, projeta um futuro promissor para o setor de geração e distribuição de energia elétrica no Brasil.

⚡ Em recente apresentação à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a empresa destacou a tendência de crescimento contínuo do setor nos próximos anos, impulsionado por um cenário de normalização macroeconômica na América Latina que coloca o Brasil em posição de destaque.

A Moody's classifica o Brasil entre os melhores da América Latina no setor de energia. No quesito "força econômica", o país alcançou a nota máxima, A3, empatando com o México. Em "força institucional e de governança", o Brasil obteve a quarta melhor classificação, com recente elevação.

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De acordo com Cristiane Spercel, diretora da Moody's, a melhoria na avaliação da força institucional e governança do Brasil é atribuída ao avanço de políticas recentes. “Questões como a independência do Banco Central e melhorias regulatórias”, exemplificou.

✨ Embora o cenário geral seja promissor, a Moody's alerta para a existência de fatores que podem comprometer o crescimento do setor na América Latina e levar a revisões futuras nas projeções. “A inflação ainda é uma preocupação, tivemos medidas para conter, mas ainda é um risco. Incertezas políticas podem desacelerar o crescimento. Também a sustentabilidade da dívida é um risco – as métricas de crédito pioraram e ainda estão sob pressão”, explicou.

Outro ponto de preocupação destacado são os impactos das desigualdades.“Por conta da inflação e custos de geração, que ficaram mais altos, há a preocupação do governo sobre a capacidade da população de absorver as tarifas. Porém, o setor não tem margem para jogar os preços para baixo e a tendência é de que os custos dos serviços de energia sigam encarecendo."