Com VALE3, bancos e petróleo em alta, Ibovespa respira e fecha com alta de 1,05%
No acumulado da semana, o índice avançou 0,34%, mesmo com a agenda carregada de incertezas geopolíticas e econômicas.

🚨 O Ibovespa encerrou a sexta-feira (11) em clima de alívio nos mercados. O principal índice da B3 (B3SA3) subiu 1,05%, aos 127.682 pontos, impulsionado por uma combinação de fatores externos e internos que trouxeram fôlego após duas semanas de perdas. No acumulado da semana, o índice avançou 0,34%, mesmo com a agenda carregada de incertezas geopolíticas e econômicas.
O pano de fundo do otimismo veio do cenário internacional. A China anunciou tarifas retaliatórias de até 125% contra produtos norte-americanos, mas adotou tom mais diplomático ao reafirmar que “não haverá vencedores” numa guerra comercial prolongada. A reação de Pequim foi interpretada como estratégica, tentando reposicionar o país como mediador global.
Pouco depois, o governo dos EUA sinalizou otimismo com um possível acordo, em fala do ex-presidente Trump. A fala ajudou a reverter parte das preocupações com o impacto das tarifas sobre a economia norte-americana, que já dá sinais de desaceleração.
Estudos do Center for Automotive Research apontam que as medidas tarifárias podem custar até US$ 108 bilhões ao setor automotivo dos EUA. E figuras de peso, como o CEO da BlackRock, Larry Fink, alertaram para a possibilidade de recessão iminente nos Estados Unidos.
Wall Street em alta com balanços de bancos
Os mercados em Nova York reagiram com entusiasmo. O otimismo com um possível acordo foi reforçado por resultados corporativos fortes: Wells Fargo, JPMorgan, Morgan Stanley e BlackRock divulgaram lucros acima das expectativas, o que deu força extra aos principais índices norte-americanos.
Já na Europa, o dia foi negativo — os mercados fecharam antes do discurso de Trump e ainda sob impacto de projeções que apontam uma queda superior a 1% no PIB da Alemanha, devido à guerra comercial.
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No Brasil, IBC-Br e IPCA sustentam o bom humor
Internamente, o dia foi de agenda cheia. O IBC-Br (prévia do PIB) subiu 0,4% em fevereiro, impulsionado principalmente pelo desempenho do agronegócio, e veio acima do esperado. Já o IPCA de março ficou em linha com as projeções, embora economistas apontem pressão inflacionária até o 3º trimestre.
Com isso, o mercado doméstico teve mais motivos para se alinhar ao clima positivo global, com queda nos juros futuros (DIs) e valorização do real — o dólar comercial recuou 0,46%, a R$ 5,871.
Vale, Petrobras e bancos puxam a alta
Na bolsa, o otimismo se traduziu em compras generalizadas nos papéis mais líquidos. Vale (VALE3) subiu 1,67%, com apoio da recuperação do minério de ferro. Petrobras (PETR4) avançou 1,99%, seguindo a alta do petróleo no mercado internacional.
O setor financeiro também se destacou: Banco do Brasil (BBAS3) teve alta de 0,87%, após a XP elevar seu preço-alvo. Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) subiram 0,51% e 1,05%, com analistas destacando que os papéis seguem com desconto excessivo.
Entre os setores sensíveis à guerra comercial, varejistas e frigoríficos reagiram bem. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,55%, enquanto Minerva (BEEF3) avançou 2,50%, com expectativa de maior competitividade global. O setor de construção também teve alta modesta, com Cyrela (CYRE3) subindo 0,77%, após divulgação de dados do 1º trimestre.
📊 A próxima semana será mais curta, com feriados esvaziando a agenda econômica. No entanto, isso não significa calmaria: o conflito comercial entre EUA e China segue sendo o principal fator de risco e volatilidade nos mercados globais.

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