Com dívida de US$ 4,6 bi, Odebrecht Engenharia pede recuperação judicial

A OEC (Odebrecht Engenharia e Construção), braço de construção civil da Novonor (ex-Grupo Odebrecht), protocolou um pedido de recuperação judicial na última quinta-feira (27). A medida visa reestruturar a dívida bilionária da empresa, que soma US$ 4,6 bilhões (R$ 25,4 bilhões na cotação atual do dólar).

💲 Nos próximos 60 dias, a OEC apresentará um plano detalhado de recuperação judicial. Esse plano conterá informações essenciais sobre as estratégias que a empresa pretende adotar para lidar com sua dívida bilionária. Vale ressaltar, que o pedido de RJ foi aceito pela Justiça de São Paulo nesta sexta-feira (28). Com isso, as cobranças e execuções contra a companhia foram suspensas por 180 dias.

Em comunicado oficial, a OEC ressaltou o início de uma "etapa formal para a reestruturação de passivos e viabilização de aporte de caixa"."A iniciativa visa permitir o equacionamento da dívida e, ao mesmo tempo, incrementa seu fluxo de caixa dentro de um contexto favorável de retomada dos investimentos no setor de infraestrutura e construção pesada, que já se reflete no novo ciclo de crescimento da companhia", afirmou o texto.

Sobre a Odebrecht e Novonor

A OEC se destaca como um dos principais braços da Novonor, holding de investimentos com atuação em diversos setores da economia brasileira. Atuando como empresa de capital fechado, a OEC concentra seus esforços na área de engenharia e construção, oferecendo soluções completas para projetos de infraestrutura em todo o país.

📃 Com sede no Brasil, a empresa tem como principais mercados o Brasil, Angola, Peru e Estados Unidos. Anteriormente conhecida como Construtora Norberto Odebrecht, a empresa mudou seu nome para OEC como parte da estratégia de desvinculação adotada pelo Grupo Odebrecht após o impacto negativo de seu envolvimento na Operação Lava Jato, que afetou sua reputação.

Em dezembro de 2022, seguindo a mesma estratégia, o Grupo Odebrecht anunciou a adoção de seu novo nome: Novonor. Na ocasião, a empresa destacou que essa mudança representava uma "transformação", incluindo revisões nos "processos internos" e "métodos de operação", agora baseados "rigorosamente em ética, integridade e transparência".

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